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Vandalização de exposição do Expresso teve “cariz político”

Francisco Alvarenga, texto | Gonçalo Figueiredo, fotografia

O presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, garante que a vandalização da exposição que assinala os 50 anos do semanário “Expresso”, patente ao público no jardim público da cidade, “teve cariz político”.

Numa intervenção na última reunião pública da autarquia, Carlos Pinto de Sá revelou que já foi apresentada queixa no Ministério Público, classificou os atos de vandalismo como “incompreensíveis e inqualificáveis” e garantiu que se tratou de uma iniciativa com “cariz político”.

“Assistimos regularmente à destruição de material de propaganda, ao roubo de programadores de rega e de expressores de água e no primeiro dia da Feira de São João foram roubados todos os sifões das casas de banho. Podia continuar a dar exemplos de coisas que não são simples vandalismo, têm uma direção e um objetivo claros”, acrescentou o autarca, separando estes casos das “inscrições de vandalismo” que têm ocorrido em diversos pontos da cidade.

De acordo com Carlos Pinto de Sá, são atitudes que suscitam “preocupação relativamente ao futuro e às questões da democracia”, uma vez que ações como as que visaram a exposição do “Expresso”, constituem “claros ataques à democracia”.

Recorde-se que a exposição, intitulada “50 capas, 50 anos”, que celebra os 50 anos do semanário “Expresso” foi alvo de vandalismo quando o espaço se encontrava de portas fechadas. Todos os cartazes que reproduzem primeiras páginas do jornal foram vandalizados, com a inscrição de símbolos nazis, entre outros.

Segundo o presidente da Câmara de Évora, o município informou as autoridades policiais dos atos e apresentou queixa, pois, apesar de a exposição não ser da autarquia, foi feito um protocolo entre as partes para a sua realização na cidade.

“Porque houve uma invasão do jardim público e a vandalização daquela exposição, naturalmente, cabe-nos também apresentar queixa às autoridades competentes, que já estiveram presentes no local”. Esta exposição não foi a primeira a ser vandalizada em Évora. Exemplo disso foi a destruição de uma exposição da comunidade LGBT+.

Em comunicado, a Câmara de Évora referiu na altura que a exposição “foi alvo de um ataque inqualificável, que resultou em danos no acervo exposto, prejudicando não só o património do jornal, mas também, à semelhança de outros atos recentemente perpetrados, a imagem e a identidade cultural e social de Évora”.

Sublinhando que dados recentes apontam Évora como um dos concelhos mais seguros do país, a autarquia acrescenta “não poder deixar de notar que, com preocupante regularidade, se têm vindo a verificar atos de cariz político, de intolerância, de ódio, de vandalismo, mas, também, de tentativas de boicote ao trabalho e à imagem da Câmara Municipal e de parcerias em que o Município participa”.

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