O Município de Beja diz que a morte do historiador Florial Baiôa deixa um “vazio irreparável” na cidade. Francisco Alvarenga (texto)
O “desaparecimento precoce” de Florival Baiôa deixa “uma vazio irreparável na comunidade”, diz o Município de Beja, numa nota onde sublinha a sua “profunda consternação” pela morte do historiador, fundador e presidente da Associação de Defesa do Património de Beja.
Na mesma nota, em que refere o “orgulho imenso” no legado de Florival Baiôa, a quem atribuiu em 2019 a Medalha de Mérito Artístico e Cultural, o Município lembra um “conhecedor ímpar da história da cidade, em múltiplas vertentes da mesma, e dinamizador incansável de um vasto conjunto de atividades culturais e lúdicas um pouco por todo o concelho de Beja”.
A Câmara decidiu ainda decretar o dia de amanhã, quarta-feira, como sendo de luto municipal, suspendendo todas as atividades culturais.
Na sua página de Internet, a presidência do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) diz ter recebido recebeu “com profundo pesar” a notícia do falecimento Florival Baiôa Monteiro, ex docente da Escola Superior de Educação de Beja e membro do conselho geral do Instituto, tendo declarado três dias de luto institucional com afixação da bandeira a meia haste.
Também o presidente do Turismo do Alentejo já reagiu à “notícia muito triste” da morte do historiador. “Tive oportunidade de interagir profissionalmente com o Florival, homem apaixonado por Beja e pelo Alentejo, sempre pronto para dar o seu contributo à causa do desenvolvimento local”, refere José Manuel Santos.
Para Vítor Picado, vereador da CDU na Câmara de Beja, “a cultura, a cidade e a região ficam mais pobres” com a morte de “um dos mais fervorosos defensores de Beja e da região região”. Florival Baiôa foi, acrescenta, “um homem que soube sugar o tutano da vida” e “um amigo com um sorriso contagiante que nos envolvia numa calorosa saudação”
Já a Distrital de Beja do PSD refere que a cidade e a região “perderam um dos grandes defensores das suas causas”.
Foi “um Homem maior que a vida”, refere a poeta Rita Palma Nascimento, lembrando Florival Baiôa como “um Homem de lutas e de causas”, que “do Património fez bandeira e (re)conquistas, sem baixar cabeça nas derrotas” e “marcou tempos e gentes” que irão perdurar. “O seu trabalho e obra ficarão, assim como os ensinamentos plantados em cada um de nós. A sua integridade, humanismo, honestidade, dedicação e entrega continuarão a ser referência e lembrados em cada uma das ruas da cidade”.
(em atualização)
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