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MiETZ acusa PS de ter “mentido” sobre concessão da água

Francisco Alvarenga, texto | Gonçalo Figueiredo, fotografia

O Movimento Independente por Estremoz (MiETZ) acusou o presidente da Câmara de ter “mentido descaradamente” durante a campanha eleitoral ao “ter referido que iria manter o sistema de águas e saneamento na dependência do Município”.

Em comunicado, o MiETZ refere que se o sistema de abastecimento de água no concelho “estivesse tão deficiente, como o PS agora vem dizer, essa deveria ter sido a sua prioridade”, classificando de “lamentável” que quase dois anos depois de terem tomado posse os socialistas “queiram agora responsabilizar” o movimento pelas recentes roturas na rede, que levaram a cortes de água em vários locais da cidade.

“As roturas em cadeia, que agora aconteceram por várias zonas da cidade de Estremoz, foram causadas, possivelmente, por bombagem com pressão a mais na rede, e isso é responsabilidade do executivo do PS que governa a Câmara”, sublinha o documento.

De acordo com o MiETZ, a anunciada intenção do Executivo autárquico de concessionar o sistema de abastecimento de água e saneamento “serve apenas para tentarem esconder a incapacidade de resolver a situação”, sendo que essa opção, segundo o comunicado, “está em contradição” com o prometido durante a campanha eleitoral, em que o atual presidente “referiu que iria fazer novas candidaturas aos fundos comunitários, mas mantendo o sistema de águas e saneamento na dependência do Município”.

“Face à opção atual, mentiu descaradamente aos estremocenses”, acusa o MiETZ, acrescentando que “para que haja transparência nas propostas e na governação, a entrada para qualquer sistema tem que fazer parte dos programas eleitorais das candidaturas ao Município de Estremoz, para que sejam avaliadas e escrutinadas pelos eleitores”. 

O Movimento responde ainda à acusação socialista segundo a qual o executivo liderado por José Alberto Fateixa “conseguiu financiamento para o sistema de águas e saneamento” no valor de 11 milhões de euros.

“Não é verdade. O que pretendia era entregar o sistema de águas e saneamento à Águas de Portugal, prevendo que fossem gastos os tais 11 milhões, mas não era dado seguro que o fizessem. Não será por acaso que há vários municípios, geridos por socialistas ou sociais-democratas, que querem sair da Águas de Portugal”, sublinha o comunicado, garantindo o MiETZ ter investido no sistema de água e saneamento “cerca de 10 milhões de euros”, com recurso a financiamento comunitário.

“Só assim”, acrescenta, “foi possível manter os preços da água entre os mais baixos do país”. O MiETZ considera ainda que o atual mandato começou com a “câmara financeiramente mais equilibrada desde o 25 de Abril”, com “projetos de obras em execução, projetos com os concursos feitos e preparados para adjudicar e dinheiro em caixa para pagar as obras, que estão à vista de todos” no concelho de Estremoz. 

“Estando o Município e a EPAL a monitorizarem o sistema há vários meses, como foi possível a rede de distribuição de água ter tantas roturas em simultâneo? Na informação recolhida não foi detetada a necessidade de fazer intervenções urgentes em determinados pontos? É muito estranho! Se água não falta… falta competência do PS”, conclui o documento.

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