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PS: Estremoz precisa de 40 a 50 milhões para rede de água

Francisco Alvarenga, texto

Serão precisos 40 a 50 milhões de euros para resolver os problemas de abastecimento de água e saneamento básico no concelho de Estremoz. A estimativa é avançada pelo PS num comunicado onde acusa os anteriores Executivos de nada terem feito para resolver o problema.

“Nos últimos 29 anos, fomos governados por Luís Mourinha (CDU e depois MIETZ) durante 21 anos. Aos quais se somaram mais dois anos com Francisco Ramos. Portanto 23 anos em 29. Nestas três décadas a União Europeia disponibilizou três Quadros Comunitários de Apoio para os Municípios resolverem os seus problemas neste âmbito: água e saneamento. Todos estes financiamentos passaram ao lado de Estremoz”, lamentam os socialista.

O comunicado refere ainda que, entre 2005 e 2009, o executivo socialista liderado por José Alberto Fateixa “conseguiu financiamento para a resolução dos problemas de abastecimento, no que se refere à distribuição em alta”, tendo sido “aprovados 11 milhões de euros para novos depósitos, nova estação de tratamento e substituição de condutas adutoras”. No entanto, acrescenta, “em 2009 voltou o MIETZ com Luís Mourinha e o contrato com o Estado foi rasgado. Os 11 milhões voaram”.

A tomada de posição do PS surge na sequência da existência de “diversos contrangimentos” no abastecimento de água à cidade e a algumas freguesias rurais, justificados pela “necessidade de reparar” duas roturas de grandes dimensões: uma em Mamporcão e outra na Rua Serpa Pinto, na conduta que vem do Álamo e que abastece o depósito da Calçada da Frandina.

“Como foi necessário cortar o abastecimento à cidade de Estremoz, criou-se instabilidade na rede, envelhecida, existente na cidade, o que originou o aparecimento de mais algumas roturas visíveis”, prosseguem os socialistas, sublinhando que a zona de Santiago “foi a mais afetada porque o depósito da Calçada da Frandina, só é abastecido com o que sobra da distribuição de água pela rede da cidade e é este que por sua vez abastece o depósito do castelo”.

“Tendo deixado a rede sem carga, só depois de estar totalmente restabelecida a rede da cidade e sobrar água é que foi possível começar a encher o depósito da Calçada da Frandina, e só quando houve água  suficiente se pôde começar a bombear para o depósito do Castelo para posterior abastecimento ao Bairro de Santiago”, explica o comunicado, garantindo que o abastecimento “encontra-se perto da normalidade”, não existindo “preocupações em relação à falta de água”, mas relativamente ao estado da rede de água e saneamento no concelho.

“Quando o PS voltou para a frente dos destinos de Estremoz”, continua o comunicado, “encontrámos a rede de distribuição em alta e em baixa completamente obsoleta, com perdas na casa dos 80 por cento (a terceira pior do país!), com dezenas de roturas semanais e também com freguesias sem ETAR, para além de vários aglomerados também sem ETAR em várias zonas do concelho.

Ainda de acordo com os socialistas, “as necessidades de investimento” ascenderão a mais de 40 ou 50 milhões de euros, dependendo da avaliação que está a ser feita pela EPAL. O PS recorda que o Executivo municipal irá levar a reunião de Câmara uma “proposta para uma concessão totalmente pública que permita a renovação de toda a rede de abastecimento em alta e em baixa, bem como do saneamento em falta” e indica que a capacidade financeira do município para investimento anual não chega a dois milhões de euros. “Se não se avançasse com mais nenhum projeto, apoio a coletividades, arranjos e obras ou atividades em cada ano, ou seja, não se fizesse mais nada, seria este o valor disponível [para investir]”, conclui.

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