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Governo reconhece viabilidade de terminal ferroviário no Alandroal

Ana Luísa Delgado texto | Gonçalo Figueiredo foto

O Ministério das Infraestruturas reconhece que a criação de um terminal ferroviário de mercadorias  entre Alandroal e Vila Viçosa “apresenta viabilidade económica”. É, de resto, a única localização a apresentar algum tipo de viabilidade na linha Sines/Caia, atualmente em obra.

“A viabilidade da operação de um terminal ferroviário de mercadorias tem subjacente a existência de escala, frequência e regularidade. É fundamental garantir a existência de um cliente âncora e/ou agregador logístico que assegure [essas] condições”, esclarece o gabinete do ministro Pedro Nuno Santos, numa resposta a uma pergunta formulada por deputados do PSD.

A mesma fonte recorda que entre 2021 e 2022 a empresa Infraestruturas de Portugal e diversos municípios do distrito de Évora desenvolveram “estudos de mercado, de viabilidade técnica e ambiental e análise custo-benefício” para avaliar a viabilidade da instalação de terminais de mercadorias nos concelhos de Alandroal, Évora e Vendas Vendas. Nenhum das três localizações apresentou “viabilidade financeira”. Mas o de Alandroal dispõe de “viabilidade económica”.

Ainda assim, o Ministério das Infraestruturas revela que, no que diz respeito aos terminais de Alandroal e Évora, “estão a ser desenvolvidos contactos” entre a IP, autarquias e potenciais clientes, “no sentido de robustecer a viabilidade económico-financeiras destes dois empreendimentos”.

No caso concreto do Alandroal, conforme noticiado pela SW Portugal, as contas estão feitas: trata-se de um investimento que ronda os 11 milhões de euros para a construção do terminal, que depois deverá ser concessionado a um ou mais operadores privados para explorarem a parte logística e viabilizarem o investimento público. 

Segundo o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo, o estudo encomendado pela IP e pelos municípios de Alandroal, Borba, Estremoz, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Sousel e Vila Viçosa comprova a existência de “viabilidade técnica e económica” para a instalação de um terminal ferroviário de carga na região, “com todas as vantagens que daí advêm” para o setor dos mármores, mas também para a dinamização de Alqueva e a captação de novas oportunidades de negócio. “Esta localização permite que toda a zona dos mármores encaminhe as mercadorias para aqui”, assegura.

Na pergunta dirigida ao Ministério das Infraestruturas os deputados do PSD recordavam que na informação tornada pública, o projeto da linha ferroviária “não contempla um terminal ferroviário em nenhum dos 14 concelhos do distrito de Évora” e sublinhavam a existência nos agentes económicos e na região Alentejo da “ambição de uma linha de passageiros de alta velocidade, acompanhando o mesmo trajeto, com paragem em Évora”.

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