“Se não conhecermos os problemas, como é que vamos criar as medidas?”. Formulada pela ministra da Coesão, Ana Abrunhosa, a pergunta resume a posição do Governo face às consequências do incêndio que devastou 8400 hectares no concelho de Odemira, mas também no de Aljezur: primeiro há que efetuar o levantamento dos prejuízos, depois serão anunciadas as medidas de apoio às famílias e às empresas.
Ana Abrunhosa visitou este domingo uma boa parte de área ardida. E anunciou para dia 12 de setembro a realização, também em Odemira, de uma reunião com autarcas, numa altura em que já estarão apurados todos os prejuízos e, “provavelmente”, até existirá uma “ideia dos apoios concretos” a adotar.
Por enquanto, sublinhou, “é tempo de fazer o levantamento rigoroso dos prejuízos, receber alguma informação” e “planear” as medidas de apoio. No caso da agricultura, o Governo já prometeu ajuda imediata aos produtores pecuários e aos apicultores.
Incêndio de Odemira consumiu mais de 8400 hectares
Mas no caso das habitações permanentes e das unidades turísticas, Ana Abrunhosa lembra que não existem ainda “números exatos” relativamente aos prejuízos causados pelo fogo.
Acompanhada pelo presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, Ceia da Silva, e por autarcas, a ministra da Coesão reconheceu que as pessoas afetadas “têm pressa em ser ajudadas”, mas lembrou que é necessário um “levantamento fidedigno dos prejuízos” antes de anunciar as medidas de apoio. Que serão sempre direcionadas para compensar a “parte que não é coberta” pelos diversos seguros.
“No caso de habitação permanente”, sublinhou, “há uma medida que está sempre aberta, que é o Porta de Entrada, através do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU)”, sendo ainda possível “utilizar” verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a criação de uma área integrada de gestão florestal.