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“Três Olhares”. Artigo de opinião de José Alberto Fateixa

José Alberto Fateixa, professor | Opinião

1. O século XX mostra uma catadupa de acontecimentos históricos, dos quais destaco os inúmeros poderes que ao longo dos anos restringiram as liberdades, provocaram guerras, em especial as mundiais, tiveram ações imperiais, sempre desrespeitando os direitos humanos e internacionais. Os avanços civilizacionais da contemporaneidade resultam da afirmação vitoriosa de combates civilizacionais por princípios e valores que valorizam os direitos humanos e as relações respeitosas entre países. 

A 22 de fevereiro de 2022 a Rússia invadiu a Ucrânia e a guerra voltou à Europa. O que está em causa nesta guerra é a rejeição da ocupação de um país por outro, sabendo nós que quando reina o silêncio e a indiferença estamos a dar espaço à afirmação de regimes autoritários e poderes autocráticos. Países democráticos uniram-se, com a NATO e apoiam militarmente a Ucrânia, as opiniões públicas mobilizam as pessoas solidárias com o povo ucraniano demonstrando que faz todo o sentido resistir e lutar pela dignidade. 

Um ano depois a guerra continua, sentimos os efeitos e não sabemos nem quando nem como vai acabar. Tenho a convicção de que não haverá paz com humilhações de países e acredito que a vitória será dos que defendem uma sociedade com valores que respeite os direitos humanos e o direito internacional nas relações entre países e que a derrota será dos que tentam reconstruir a Rússia Imperial. 

2. A vida para a maioria dos portugueses nunca foi fácil, e a conjuntura em que vivemos torna-a mais difícil. São grandes as diferenças de rendimentos, sendo que muito poucos têm muito e muitíssimos têm muito pouco. Os salários e pensões são baixos e os aumentos esmagados pelo custo de vida, os produtos básicos sobem vertiginosamente, a energia assume custos pesadíssimos, a inflação continua a subir e demasiadas famílias que assumiram encargos fixos excessivos, especialmente com a banca na compra da casa, vivem em situações difíceis. 

Esta realidade preocupa-me porque sei que não há países bem quando as pessoas estão mal. O tempo exige entendimentos e compromissos duradouros dos diferentes intervenientes políticos, económicos e sociais para opções de desenvolvimento e coesão. 

3. A Câmara de Estremoz entendeu participar com espaço próprio na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) e penso que fez bem em apostar na promoção de Estremoz como polo do Alentejo, em parceria com agentes económicos e sociais da nossa terra. 

A qualidade reconhecida de produtos regionais de referência, o património edificado e a arte popular, um cada vez melhor e mais diversificado acolhimento de visitantes desde as dormidas à gastronomia, passando por mercados, eventos e atividades sociais sublinham o potencial turístico e a atratividade de Estremoz. 

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