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Terras sem Sombra acusa DGartes de “discriminar” o Alentejo

A organização do Festival Terras sem Sombra diz que a falta de apoio da Direção Geral das Artes (DGArtes) coloca “em causa” o futuro do evento.

De acordo com a Pedra Angular, entidade organizadora, a DGARtes considerou o festival “elegível” no âmbito do Programa de Apoio Sustentado às Artes, “mas projeta não o considerar por falta de verbas”. Esta decisão, acrescenta, “põe em risco a sobrevivência do Festival” nos moldes actuais. “Foi com surpresa e consternação que recebemos a notificação, por parte da DGArtes, de que esta entidade considerou elegível a candidatura do Terras sem Sombra ao Programa de Apoio Sustentado às Artes, na modalidade bienal, mas projecta não a considerar, em termos financeiros, em virtude de ter sido esgotado o montante global disponível para a área artística e/ou modalidade de apoio em causa”.

Garantindo que se irá pronunciar no âmbito do concurso para que exista uma “reprogramação de verbas”, a Pedra Angular acusa a DGARtes de discriminar “negativamente o Alentejo, região onde não foi contemplado nem sequer um único projecto no âmbito da música, ao contrário do que tem sucedido nos últimos cinco anos. Algo que causa estranheza, face ao anúncio de que está previsto um notório reforço das verbas consignadas às artes” em 2023.

“Sem esconder a preocupação, mas na certeza de que baixar os braços não é solução, tudo faremos para prosseguirmos serenamente este caminho em prol da cultura, da coesão territorial e do Alentejo”, sublinha.

Ainda segundo a Pedra Angular, concluída a 18.ª edição do Terras sem Sombra, “que marca a etapa de maturidade do festival e se pautou pela assumida feição internacional e pelo incremento de públicos, parceiros e concelhos abrangidos”, estavam a ser projetadas as duas próximas temporadas, “estruturadas tematicamente em torno da diversidade e pluralidade na música e das mulheres na música”.

“Um festival com estas características, de acesso livre e gratuito, realizado em territórios afastados dos grandes centros e que pugna pela valorização do património e da biodiversidade do Alentejo, pela descentralização cultural, pela inclusão e pela formação de novos públicos, só consegue oferecer uma programação de qualidade graças à rede de apoios que tem conseguido granjear, dentro e fora do nosso país”, garante.

Criado em 2003, o Festival Terras sem Sombra é uma iniciativa da sociedade civil que pretende dar a conhecer a um público alargado um território, o Alentejo, “que sobressai pelos valores ambientais, culturais e paisagísticos e apresenta, em termos gerais, um dos melhores índices de preservação da Europa”.

O Festival mantém o carácter itinerante, a tónica na descentralização cultural, a formação de novos públicos, a inclusão e a sustentabilidade, com uma programação que abrange concertos de música erudita, master classes, conferências, visitas ao património cultural e acções de salvaguarda da biodiversidade, todos de acesso gratuito.

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