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“Terra Nossa”. João Chambel no Howard’s Folly

Margarida Maneta texto | Gonçalo Figueiredo foto

Durante uma refeição no Howard’s Folly, em Estremoz, podem surgir desafios artísticos. Que o diga João Chambel, convidado pela organização a expor os quadros que pinta há mais de 20 anos, mas que nunca tinham vindo a público, e agora se reúnem na exposição “Terra Nossa”.

“Há seis meses viemos aqui [The Folly] almoçar e havia uma exposição sobre o Nelson Mandela. A minha mulher, em conversa com a organização do espaço, disse que também pintamos e eles pediram-nos fotografias dos quadros. Assim que mandámos, eles mostraram interesse”, começa por contar João Chambel. 

“Terra Nossa” apresenta paisagens que vão do Alentejo, que o autor diz admirar, ao Montijo, onde reside, passando também por Lisboa e pelo Porto. Os seus quadros não têm pessoas, nem árvores. Representam um “estilo figurativo arquitetónico” em que “uma casa é uma casa e uma chaminé é uma chaminé”, desprendendo-se, por isso, de “qualquer pretensiosismo interpretativo”, assume João Chambel, acrescentando: “Os quadros valem pelo seu aspeto gráfico”. 

Inspirado em artistas como Molina, este professor de profissão assume-se como um entusiasta das artes plásticas desde os seus 35 anos. “É um apetite, não uma obrigação”. E justifica: “Tenho alturas em que pinto cinco ou seis quadros em dois ou três meses e depois estou dois ou três anos sem pintar”.

O interesse pela pintura surgiu-lhe “naturalmente”, aliado ao gosto que revelou, desde cedo, pelo desenho. “Desenhava para a minha mulher pintar. Houve um dia em que experimentei a pintar também”, recorda. E, assim, as artes plásticas ganharam dimensão na sua vida. Inclusive, uma dimensão terapêutica. “Fui pintando em vez de estar a tomar comprimidos para os nervos”, brincou, durante a abertura da exibição, marcada por um ambiente familiar, em que as felicitações dos amigos e a música portuguesa estiveram presentes.

Ao mesmo tempo, João Chambel também tem cunhado outras áreas. Realizou trabalhos enquanto cenógrafo e escreveu contos e poesias. Esta sua primeira exposição vai estar aberta ao público até 27 de março sendo que 30% das vendas revertem a favor da Sovereign Art Foundation.

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