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Teatro: “Seraphim”, estreia hoje a nova produção do Colectivo

Ana Luísa Delgado, texto

Chama-se “Seraphim”. É a nova produção do Colectivo Cultura Alentejo, a companhia residente do Teatro Bernardim Ribeiro, em Estremoz. Estreia hoje, dia 30 de setembro, pelas 21h30.

“Seraphim”, a nova produção do Colectivo Cultura Alentejo, em palco no Teatro Bernardim Ribeiro , em Estremoz, hoje e amanhã, marca simultaneamente a estreia de um novo “ator”, em formação na companhia, e de um novo dramaturgo, natural da cidade.

Vamos por partes. Cláudio Henriques e Rui Serrano adaptam um texto da autoria de Francisco Lapa, um jovem autor emer- gente de 26 anos que vê, pela primeira vez, uma obra sua ganhar “vida” e projetar-se no espaço de sonho que é o palco teatral.

A ligação de Francisco Lapa à companhia não é de agora, tendo sido assistente de encenação nos espetáculos “Carvão – A desconhecida história de Natal” (2021), “Mário – a partir da obra de Mário-Henri- que Leiria” (2022) e na peça destinada ao público infantil “Rita e Lua” (2022). Nes- se ano integrou também a residência artística “Viver o Teatro”, com Susana Arrais.

“Decidimos escolher este texto”, diz Cláudio Henriques. “Porque acreditamos que o Colectivo Cultura Alentejo deve ser também um espaço para novos autores e atores mostrarem o seu trabalho. Escolhe- mos este texto em particular porque res- ponde à questão que colocamos sempre em cima da mesa antes de partirmos para uma nova criação, que é saber o que queremos dizer”.

Já lá iremos. Antes, falemos de uma outra estreia, a de Tomás Genebra, 13 anos, que pela primeira vez integra o elenco principal da companhia residente no Bernardim Ribeiro. “Para nós enquanto Colectivo é um orgulho imenso, pois o Tomás representa continuidade e é uma prova de que o investimento pode dar resultado, pois ele vem das nossas oficinas de teatro e integra pela primeira vez um espetáculo do Colectivo Cultura Alentejo, no qual está com enorme qualidade e entrega”.

Assegura Cláudio Henriques que se trata de de um momento com particular significado na vida desta estrutura artística, utiliza mesmo o adjetivo “importantíssimo”, uma vez que passados dois anos de atividade contínua já se começam a ver os frutos da árvore que cresce.

“Existirem oficinas de teatro que permitem aos jovens terem estas experiências sem terem que ir para Lisboa ou Porto, para nós é de um enorme orgulho… volto a dizer, está a acontecer aqui, em Estremoz, e era ótimo se todos os estremocenses dessem valor e se orgulhassem dos atores e do teatro que cá se faz”, sublinha.

Segundo o fundador e diretor artístico do Colectivo, a “melhor forma” de o público demonstrar esse reconhecimento “é apoiar, estando presente e vendo o espetáculo que preparámos com muita entrega e carinho”.

“Seraphim”, como já se disse, parte de um texto de Francisco Lapa, adaptado por Cláudio Henriques (que também encena) e Rui Serrano, com interpretação de Rui Serrano, Tomás Genebra e Maria Toureiro, que integram o elenco habitual.

Trata-se de um espetáculo que “nos propõe uma viagem profunda, pessoal, através dos sentimentos e reflexões do personagem, onde a esperança é o sol no seu horizonte”, diz o encenador, lembrando que um dos traços identitários da companhia é “estar atenta” ao mundo e ao que nele acontece.

“Decidimos que gostaríamos de falar de esperança, de sonhos, e este texto consegue levar-nos nessa viagem, nessa resposta, de uma forma muito especial, onde são levantadas questões e possibilidades… acreditamos que fará eco no nosso público, que colocará as pessoas a pensar e a sentir. É o que procuramos a cada espetáculo nosso, que seja uma experiência transformadora e diferente a cada nova criação”, refere.

Estrutura de criação e de formação artística, que privilegia a linguagem teatral, o Colectivo Cultura Alentejo surgiu em Estremoz para promover “o desenvolvi- mento de uma abordagem artística contemporânea, formação através da arte e para a arte e mediação cultural, usando a multidisciplinariedade nos espetáculos e atividade cultural”.

OFICINA E REGRESSO ÀS ESCOLAS

Até ao final do ano, a nível de programação, o Colectivo Cultura Alentejo irá continuar com as atividades extracurriculares de teatro nas escolas públicas, mantendo em funcionamento uma oficina de teatro, todas as quartas-feiras, para jovens e para adultos, que conta com 65 alunos inscritos. Em agenda está ainda a criação de um novo espetáculo para a infância, a estrear como habitualmente pela época do Natal. E para 2024, garante Cláudio Henriques, “já existe muita coisa planeada, felizmente, pois acreditamos que a mudança não se faz de um dia para o outro, tem que haver continuidade”.

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