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PSD exige “medidas de salvaguarda” para Anta Grande do Zambujeiro

O PSD apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução no qual recomenda ao Governo que, “com a maior urgência”, garante a tomada de “medidas de salvaguarda de caráter preventivo” que evitem o colapso da Anta Grande do Zambujeiro, em Évora, classificada como Monumento Nacional e que é a maior anta da Península Ibérica.

No texto, subscrito, entre outros, pela deputada Sónia Ramos, eleita pelo círculo de Évora, o PSD refere que o “processo de abandono” do monumento “tem sido uma evidência e nem o poder local, nem o Ministério da Cultura parecerem interessados na reposição integral da anta”.

Recorde-se que um relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), já com 15 anos, apontava para a existência de diversos problemas que afetam o monumento, alertando para a existência de uma “gravíssima situação de estabilidade estrutural, particularmente grave na zona de articulação do corredor com a câmara”.

Entre os problemas detetados incluiu-se a “alteração e a degradação dos elementos pétreos constituintes do monumento”, bem como a “erosão muito acentuada dos taludes do remanescente da mamoa, responsabilidade dos fatores climatéricos, mas provocada também pela incursão descontrolada dos visitantes”.

Em 2019, o presidente da Associação de Arqueólogos Portugueses, Luís Raposo, revelou que “as pedras verticais que compõem o monumento”, sobretudo as do corredor, estão “praticamente à vista quase até à base”, o que “faz com que esteja em situação progressivamente periclitante de colapso”.

Mais recentemente, em janeiro de 2021, foi publicada uma portaria a fixar a Zona Especial de Proteção da Anta Grande do Zambujeiro, referindo-se que “qualquer intervenção ou alteração do uso do solo, incluindo alterações ao coberto vegetal, deve ser objeto de medidas de salvaguarda de carácter preventivo e, nomeadamente, de acompanhamento arqueológico”. 

Os deputados do PSD referem ainda uma visita efetuada pela Comissão Parlamentar de Cultura ao monumento, em outubro do ano passado, na qual “foi possível verificar o estado de degradação”, denunciado desde há vários anos.

“O nosso património histórico e arqueológico, que no caso em apreço vai muito além de qualquer pretensão nacional, merece outra atenção, não só pela riqueza cultural que representa este monumento, como também pelo seu potencial de investigação para a academia, como ao nível turístico e economia local, que não pode ser desconsiderado”, acrescentam.

No projeto de resolução é proposta a execução de um plano de intervenção urgente, que contemple “as ações de conservação e reforço estrutural, reposição da mamoa e outras intervenções defendidas” pelo LNEC e por outras entidades, para “garantir a sua imediata conservação e valorização”, além da elaboração de um projeto de valorização que “contemple as infraestruturas de apoio e criação de circuito de visitação, garantindo a sua salvaguarda e conservação”.

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