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Provere executou 9,1 milhões no Alto Alentejo

Luís Godinho, texto | Gonçalo Figueiredo, fotografia

O Programa de Valorização Económica dos Recursos Endógenos (Provere) permitiu executar cerca de 9,1 milhões de euros no Alto Alentejo, dos quais 8,5 milhões relativos a investimento privado, revelou esta terça-feira o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), Hugo Hilário, num  encontro destinado à apresentação de resultados deste programa comunitário.

“Foi indiscutivelmente relevante o impacto do Provere”, considerou Hugo Hilário, sublinhando que a coesão socioeconómica do território “carece, em permanência, de instrumentos que permitam a criação de valor e apoiem de forma estruturada” a economia local.

O presidente da CIMAA acrescentou que, no âmbito deste programa, foram criados 71 postos de trabalho, tendo sido apoiadas mais de 80 empresas.

“Conhecemos bem o diagnóstico do nosso território, as suas assimetrias e debilidades, mas também sabemos como estas novas oportunidades nos podem dar mais alento”, prosseguiu Hugo Hilário, lembrando que a execução do Provere no Alto Alentejo se desenvolveu em torno de cinco projetos-âncora: gestão e coordenação do consórcio, InMotion, numa vertente de promoção de produtos locais e do setor agroalimentar, certificação do turismo rural, promoção turística internacional dos produtos de “nicho” e a criação do Centro Português para a Descoberta da Cultura Romana, desenvolvido pela Fundação Ammaia.

O consórcio, frisou, envolveu os 15 municípios do distrito de Portalegre, a que se juntou o concelho de Estremoz.

Já a presidente de Câmara, Fermelinda Carvalho, destacou o objetivo de transformar o Alto Alentejo num “destino sustentável” de cultura e de natureza” o que levou à criação de “corredores ecológicos” na Serra de S. Mamede e de percursos pedestres. “

“O concelho de Portalegre disponibiliza 110 quilómetros de rede de percursos pedestres, que inclui a rota das cascatas que estamos a ampliar e a desenvolver. São infraestruturas com acessibilidade que permitem que as pessoas possam conhecer o território e desfrutar do mesmo”, disse Fermelinda Carvalho, sublinhando que daqui resulta um “dinamismo diferente” da economia local. 

“Estes programas permitem dotar o tecido empresarial de maior robustez”, garantiu o autarca, recordando que as intervenções no setor turístico “têm um efeito âncora para o desenvolvimento sustentável”.

NOVO PROVERE COMEÇA A SER “DESENHADO” EM SETEMBRO

Na sua intervenção, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, António Ceia da Silva, anunciou a abertura de um aviso de candidatura no próximo mês de setembro para a definição da estratégia territorial e programa de ação para o próximo Provere, sugerindo a “possibilidade de pensarmos em abordagens transfronteiriças”, bem como em ações de valorização dos recursos cinegéticos e de uma “estratégia coletiva associada à cultura, dinamizando e articulando iniciativas diversificadas de animação e cultura”.

O objetivo, sublinhou Ceia da Silva, é “procurar desligar a baixa densidade da fatalidade” e “contribuir para a criação de emprego e manutenção das pessoas no território”.

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