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Preocupação com os Carvalhos-negrais da Serra de São Mamede

Secagem e queda prematura das folhas pode conduzir à morte das árvores e “colocar em perigo” os ecossistemas do Parque Natural da Serra de São Mamede.

O problema, denunciado pela associação ambientalista Quercus, ganha dimensão de ano para ano: muitas dezenas de Carvalhos-negrais localizados em diversos concelhos do Parque Natural da Serra de São Mamede começam a apresentar folhas secas logo no início do verão, que acabam por cair, o que poderá conduzir à morte das árvores e “colocar em perigo” os ecossistemas desta zona protegida.

O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) confirma a dimensão do problema, esclarecendo que está a “acompanhar e a monitorizar” a situação. Em resposta escrita a uma denúncia da Quercus, a responsável do ICNF no Alentejo, Olga Martins, aponta a ocorrência de pragas ou a seca como possíveis causas.

“A constatação das alterações climáticas em Portugal, fenómeno que se tem agravado, particularmente nos últimos anos (…) poderá também contribuir para a secura e queda prematura das folhas de diversas espécies, incluindo os carvalhos, sendo uma resposta fisiológica da árvore para proteção e redução do processo de transpiração”, explica a responsável do ICNF.

Segundo José Janela, do Núcleo Regional de Portalegre da Quercus, “era importante” que, além da investigação a este fenómeno, o ICNF “tomasse medidas para regenerar as árvores que venham a morrer, plantando outras para manter os ecossistemas”, pois estes povoamentos de Carvalhos-negrais “são habitats para uma grande diversidade de seres vivos”, incluindo aves, mamíferos, insetos, répteis e uma grande variedade de cogumelos.

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