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Paulo Raimundo em Évora: “Alma Rivera é um Ás de copas”

“Um ás de copas”. Foi assim que o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, se referiu à cabeça-de-lista da CDU por Évora. Alma Rivera quer recuperar a representação parlamentar do PCP pelo distrito, lugar perdido nas últimas legislativas pelo então líder parlamentar, João Oliveira.

“Isto não é um passeio, mas estamos a construir o resultado todos os dias, com contactos, esclarecimentos, mobilização”, disse Paulo Raimundo no decurso de uma visita às obras do futuro Hospital Central do Alentejo, que deveriam ter sido concluídas no final do ano passado.

Reconhecendo tratar-se de uma obra “fundamental para a região e para o país”, o dirigente comunista diz que é necessário “que saia rapidamente do estado em que está e que se concretize”. Isto porque “já houve várias derrapagens” quanto ao prazo de execução e ao valor do investimento. “Apesar de tudo está melhor, mas é preciso que não derrape mais e que se criem as condições, garantindo-se uma construção pública, num serviço público e com uma gestão pública”.

O último dia de pré-campanha da CDU foi dedicado aos distritos de Portalegre, com um almoço em Benavila onde juntou cerca de três centenas de apoiantes, e em Évora, onde lembrou que as sondagens, que têm apontado para uma derrapagem nas intenções de voto na CDU, “tentam influenciar muito, mas acertam pouco”. 

Paulo Raimundo fala na existência de uma “operação sondagens” com o objetivo de “condicionarem” as opções dos eleitores. “Nós também conhecemos as capacidades dos adversários”. O objetivo dos comunistas é claro, conseguir “mais votos e mais deputados”, sendo que o que vai “determinar” o futuro do país será “o número de deputados de cada força e as opções que se fazem. O caminho que se irá trilhar dependerá da força que o povo nos der”.

Sobre os dois anos de guerra na Ucrânia, em resultado da invasão russa, o dirigente do PCP defendeu a necessidade de uma solução política para o conflito: “A paz que interessa a Putin não sei. Agora, a paz que interessa à CDU – e penso que a todos os democratas – é obrigar os intervenientes na guerra a sentarem-se à mesa e a encontrarem a solução política para o conflito. Não há outra alternativa a isso. Qual é a alternativa? Mais guerra? Mais mortos?”, interrogou Paulo Raimundo, garantindo que “a chantagem e a hipocrisia podem ser muitas”, mas não “arrastam” o PCP “para posições de guerra”.

A jornada não terminou sem um ataque aos partidos de direita e ao PS: “As pessoas têm razões para não acreditar em duas coisas: uma, não acreditam em que seja possível voltar aos tempos da ‘troika’; a outra em que não acreditam é que se possa manter a forma e as opções políticas do PS nestes dois anos de maioria absoluta”.

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