PUBLICIDADE

Opinião de Luís Assis: “Bienal Internacional do Alentejo (BIALE)”

Luís Assis, advogado | Opinião

Decorreu entre os dias 22 e 26 de março de 2023 a primeira Bienal Internacional do Alentejo, em Estremoz, estando presentes mais de 150 artistas nacionais e estrangeiros, no que foi um bom evento. Mas, não há bela sem senão! O espaço escolhido para o evento, um pavilhão do parque de feiras de Estremoz, não tinha dignidade para o mesmo, nem para os artistas que expuseram as suas obras, tornando-o desajustado para a sua realização.

Num evento desta natureza, o espaço conta muito para dar uma outra percepção das obras e um acolhimento ao público e tornar o evento um acontecimento artístico maior, mas parece que não foi essa a opção tomada pelos organizadores.

Tornou-se, assim, num espaço frio, muito grande e pouco atrativo, para quem visitou a mostra e não tendo qualquer atratividade, os visitantes percorriam a exposição e saíam. 

A sua localização também em nada ajudou a uma maior projecção do evento, uma vez que se encontra numa “ponta” da cidade, na zona industrial, portanto, completamente deslocado para quem se passeia pelo núcleo urbano.

Só lá foi quem ia de propósito para o evento. Não beneficiou o evento, nem a cidade. 

Este tipo de eventos carece de um espaço que realce as obras expostas, que prenda o visitante, que esteja num local que seja o centro da vivência e confluência de pessoas, o que não foi o caso da opção escolhida. Não se soube escolher o espaço adequado ao evento em causa, o que, quanto a mim, o prejudicou e lhe deu pouca visibilidade.

Estremoz tem mais espaços com mais dignidade para receber este tipo de eventos e capazes de lhe conferir outra dignidade, mais centrais e que, por isso, os torna mais apetecíveis e lhes dá mais visibilidade. Teria sido melhor opção de espaço o Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, a nova Biblioteca ou mesmo o Convento das Maltezas, edifícios, qualquer deles, com uma apetência óptima para este tipo de eventos, que em muito dariam outra dignidade a uma Bienal Internacional, pois qualquer dos espaços daria um realce diferente às obras expostas do que um pavilhão em chapa. 

São decisões como esta que levam a que eventos que podem e têm potencial para projetar Estremoz, se tornem em algo quase insignificante, que muitas vezes leva à sua não repetição, por se tornarem desagradáveis e não convidativos do público. 

Para os artistas é igual, pois um espaço que não realce a sua obra, não é um espaço onde voltem a expor. 

Partilhar artigo:

FIQUE LIGADO

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

© 2024 SUDOESTE Portugal. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por WebTech.