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Novo aeroporto: Hipótese de Beja avaliada por Comissão

A Comissão Técnica Independente (CTI) responsável pela avaliação ambiental estratégica à localização do novo aeroporto de Lisboa vai avaliar a hipótese de Beja.

Citada pela agência Lusa, Rosário Macário, professora do Instituto Superior Técnico e uma das coordenadoras da CTI, disse que a comissão irá “analisar outras opções”, além de Montijo e Alcochete: “A resolução do Conselho de Ministros previa isso, que nós decidíssemos que outras propostas iríamos analisar e, portanto, vamos analisar também, pelo menos mais Alverca e mais Beja, [propostas] que já nos chegaram”.

Segundo Rosário Macário, a CTI “está aberta para receber propostas de entidades ou de grupos com interesse em colocar propostas de desenvolvimento e que iremos analisar. Numa primeira fase, analisamos todas com um conjunto de critérios, depois o resultado dessa primeira fase será ficarmos com um número reduzido de alternativas que serão depois avaliadas com maior profundidade”.

Questionada se faz sentido um aeroporto de Lisboa afastado da cidade, como, por exemplo, no caso de Santarém ou Beja, que ficam a mais de 80 quilómetros, a professora universitária apontou que a distância física não é o fator mais relevante. “O mais relevante são sempre as acessibilidades em tempo e em alternativas para chegar à cidade a partir do aeroporto. Obviamente que não é desejável que seja muito longe, mas a distância em tempo é, digamos, o principal aspeto e isso depende da oferta que existe, dos modos de transporte e das soluções de deslocação”, realçou.

O anúncio da entrada de Beja no lote de soluções analisadas pela CTI surge numa altura em que foi criada uma nova plataforma de cidadãos criada para defender a opção pelo aeroporto de Beja, tendo anunciado para breve a entrega à CTI de um documento onde é sublinhado que se trata de uma “solução sustentável” para o país.

Segundo a plataforma, trata-se de “uma infraestrutura já construída e sem restrições de expansão” que “está preparada para tráfegos aéreos de passageiros e mercadorias, de médio e longo curso”, possuindo ainda “condições geográficas e capacidade para servir diretamente uma ampla região do Alentejo e Espanha e complementarmente os aeroportos de Faro e Lisboa, face à sua eminente saturação”.

A plataforma é constituída, entre outros, por Claudino de Matos, diretor-geral da ACOS, por João Proença, presidente da Casa do Alentejo, José Queiroz, antigo presidente da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja e por Manuel Valadas, porta-voz do Movimento Melhor Alentejo, entre outros, contando com um núcleo de apoio técnico constituído por Carlos Gaivoto, mestre em Engenharia de Transportes, Élio Bernardino, mestre em Estruturas e especialista em ferrovia, Jorge Rocha, especialista em Transportes e Avaliações de Engenharia e Manuel Tão, investigador e professor da Universidade do Algarve.

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