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Montenegro traz imigração para a campanha

Campanha da AD prossegue pelo Alentejo. Esta terça-feira, em Elvas, Luís Montenegro defendeu a “regulação” da imigração para “não criar zonas de insegurança”.

Segunda-feira em Beja. Quarta-feira em Évora. Hoje, a agenda do líder do PSD esteve centrada em Portalegre e na questão da imigração. “É preciso regulação e é preciso que isso depois se expresse numa política de integração mais efetiva, para nomeadamente não criar zonas de insegurança, zonas onde as populações estão mais expostas a situações, enfim, que lhes dão um sentimento de insegurança que nós devemos obviar”, disse Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas, depois de uma visita ao Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul (Cersul).

O tema foi trazido para a campanha da AD pelo ex-primeiro-ministro, Pedro Passos, segundo o qual “precisamos de ter um país aberto à imigração, mas cuidado que precisamos também de ter um país seguro”. E foi aproveitado por Luís Montenegro, que no mesmo tom recordou a existência de milhares de imigrantes tratados “sem dignidade” e a viverem em condições sub-humanas, com dezenas de pessoas a partilhares espaços sem condições de habitabilidade. “Esse tipo de situação acaba por traduzir-se numa instabilidade tal dessas pessoas que, aos olhos de todos, nós tememos pela nossa segurança. É normal que isso aconteça”, referiu.

Embora garantindo que não estar a dizer que os migrantes “têm tendência para criar problemas”, Luís Montenegro acrescenta que “criam um sentimento, quando não são bem integradas, e esse sentimento tem de ser combatido, como é evidente”.

Trata-se, na sua opinião, de um “desafio” que o país enfrenta, para o qual “não deve existir uma política de portas escancaradas, nem de portas fechadas”” e que exige “boas políticas de integração, de acolhimento” para “conferir dignidade às pessoas que nos procuram para aqui construir os seus projetos de vida”.

Lembrando que os imigrantes já representam mais de 10% das contribuições para a Segurança Social, Luís Montenegro garantiu que o PSD “não se conforma” com o “aproveitamento criminoso” de imigrantes “que vêm para aqui e são tratados quase como objetos em que redes de tráfico vão absorver grande parte do rendimento do trabalho dessas pessoas”. Essa, sublinhou, “não é a imigração que nós queremos”.

Também a regionalização entrou pela primeira vez na campanha. A AD, já se sabe, não tem o tema no programa eleitoral. “Há um pensamento sobre uma divisão regional, um chamado mapa – isso há, e até está mais ou menos estabilizado –, mas não há sobre as competências e o financiamento de um novo órgão de intervenção política”, concluiu.

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