PUBLICIDADE

Montenegro: “A cultura não é património da esquerda”

Depois de uma arruada um comício no centro histórico de Évora. No terceiro dia de campanha da AD pelo Alentejo, Luís Montenegro puxou a cultura para o debate político.

“A cultura não é património da esquerda, muito menos da esquerda portuguesa”, disparou Luís Montenegro, segundo o qual”as grandes transformações, as grandes conquistas culturais em Portugal até estão associadas à AD”. Por isso garante que o eventual Governo por si liderado aumentaria a “despesa [do Estado] com a cultura” em 50% face aos valores atuais.

“O próximo Governo, por mim liderado, vai estar ao lado de Évora no projeto da Capital Europeia da Cultura e vai estar ao lado da cultura portuguesa, da criação portuguesa, daqueles que nos dão também essa projeção de crescimento”, acrescentou o líder social-democrata num comício realizado na Rua João de Deus e que contou com a presença do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas.

Reconhecendo que o aumento de 50% na despesa pública com a cultura não será “fácil”, Luís Montenegro garantiu que o irá “atingir”, aproveitando para propor uma “valorização do ensino das artes, do teatro, da música, da expressão plástica”.

Outra proposta é a revisão da Lei do Mecenato para “dar aos criadores, aos produtores culturais, aos agentes da cultura meios financeiros para poderem promover a sua atividade”. Uma atividade, a cultura, que diz “não ter rentabilidade financeira” , mas “rentabilidade social e coletiva”.

Empolgado pela receção, Montenegro disse que o PSD está a “lutar pela vitória” no círculo eleitoral de Évora, onde nas legislativas de 2022 “tirou” um deputado à CDU, e acusou o PS de deixar o Estado “todo partido”. Foi, aliás, mais expressivo: “Nós não queremos o Estado partido, nem queremos o Estado social a não dar às pessoas a respostas que elas querem e merecem. Nem queremos o partido, mesmo que fosse o nosso, no Estado. O Estado é dos cidadãos, o Estado existe para servir os cidadãos. Nós só queremos o poder para dar os instrumentos de que os cidadãos precisam para criar riqueza e serem na vida aquilo que ambicionam”.

Já Carlos Moedas puxou pelos 50 anos da Revolução dos Cravos. “A mera hipótese de o PS ganhar eleições significa o falhanço total do sistema de alternância democrática que fundámos no 25 de Abril”, sublinhou o presidente da Câmara de Lisboa.

Partilhar artigo:

FIQUE LIGADO

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

© 2024 SUDOESTE Portugal. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por WebTech.