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Montemor quer retirar trânsito pesado do interior da cidade

Francisco Alvarenga, texto

O problema é antigo, arrasta-se há décadas, mas não sai da agenda do presidente da Câmara de Montemor-o-Novo. No discurso inaugural da Feira da Luz, Olímpio Galvão anunciou que está para breve uma reunião entre a autarquia e o Governo para retirar o trânsito de pesados de mercadorias do interior da cidade.

A Avenida Gago Coutinho, em Montemor-o-Novo, é atravessada todos os dias por cerca de dois mil veículos pesados de mercadorias, alguns transportando matérias perigosas, sendo há muito reivindicada uma solução alternativa que poderá passar pelo desvio destas viaturas para o troço entre os nós Este e Oeste da autoestrada A6.

“Continuaremos as negociações com o Governo, no sentido de retirar o trânsito de pesados de mercadorias da avenida Gago Coutinho”, garantiu esta quarta-feira o presidente da autarquia local, no discurso de abertura da Feira da Luz, referindo tratar-se de “um problema de poluição e de segurança que nos atormenta há décadas”.

Num balanço sobre os principais projetos do município, Olímpio Galvão destacou a aprovação, pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de uma verba de 5,9 milhões de euros, “sonhada há mais de 30 anos”, para a recuperação do Convento da Saudação. 

“A fase em que nos encontramos relativamente aos quadros comunitários de apoio, permitem-nos ter esperança no futuro e planear obras que continuarão a proporcionar uma excelente qualidade de vida aos montemorenses”, acrescentou, apontando como exemplos a reabilitação do Cineteatro Curvo Semedo, “há muitos e muitos anos desejada”, mas também uma gestão “mais eficiente” da água, a requalificação do parque de feiras e a criação de um espalho de acolhimento empresarial na cidade.

“A mobilidade urbana é também um dos principais desígnios deste executivo e em breve serão apresentadas soluções mais sustentáveis, como o transporte urbano de passageiros, que irá circular na cidade de Montemor-o-Novo, e um sistema de partilha de bicicletas elétricas que irá facilitar as deslocações diárias”, sublinhou.

Já em relação à Feira da Luz, Olímpio Galvão recordou tratar-se de um certame que se constitui como “veículo indispensável para a divulgação” do concelho, assumindo-se “como uma forte demonstração” de todo o potencial económico, social, cultural, turístico e desportivo de Montemor-o-Novo.

A nível cultural, destacou o apoio a Direção-Geral das Artes a cinco associações de criação artística instaladas no concelho (Projeto Ruínas, Oficinas do Convento, Alma de Arame, Trimagisto e O Espaço do Tempo), todas elas representadas na feira, e que garantem até 2026 um investimento cerca de um milhão de euros por ano em Montemor-o-Novo, canalizados para uma atividade “com enorme peso na nossa economia e de relevância nacional”.

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