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Ministra da Coesão inaugura “novo” Rossio de Estremoz

Maria Antónia Zacarias texto | Gonçalo Figueiredo fotografia

Eliminar os impactos visuais dissonantes existentes no Rossio Marquês de Pombal, beneficiando toda a praça, toda a envolvente e todo o edificado, assumindo-se o centro como o cartão de visita de Estremoz, foi o objetivo da obra de requalificação. 

Inaugurada esta terça-feira pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, a obra está inserida numa candidatura aprovada no âmbito do Alentejo 2020, tendo o investimento final rondado os 1,6 milhões de euros. O presidente da Câmara de Estremoz, José Daniel Sádio, considera que a missão “está cumprida” e que esta intervenção valoriza o potencial endógeno, sendo fundamental para inverter um ciclo de desertificação neste território.

A melhoria das infraestruturas e a implementação de equipamento de apoio às feiras diárias e de artesanato com a montagem de vários quiosques; a recuperação da calçada e a colocação de nova calçada em mármore branco (num total de 7.620 metros quadrados), bem como a recuperação de pavimento em alguns arruamentos foram algumas das alterações levadas a efeito.

Este era um projeto já pensado, mas ainda não concretizado que visa o incentivo à mobilidade universal e acessibilidade plena, favorecendo o peão e a criação de condições de promoção da identidade do concelho.

Uma ideia reiterada pelo presidente do Município que garante que a reabilitação do Rossio Marquês de Pombal “valorizou e embelezou o centro da cidade, mas também todo o concelho”. Trata-se, na sua opinião, de “uma obra digna que tornou mais apetecível as vindas ao Rossio”. 

Não obstante, o autarca admitiu as dificuldades que estiveram subjacentes ao planeamento da obra, pois “o prazo era curto demais e isso implicou um grande trabalho de proximidade com os comerciantes, com a população e com a empresa para que fossemos, ao longo do tempo, mitigando os transtornos”. 

Problemas que se mantém até hoje, como foi dito pelos comerciantes que se encontram nos quiosques e que se queixam de falta de condições de acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida, do calor e da luminosidade. 

São questões conhecidas por José Daniel Sádio que garante que “estão a ser” resolvidas. “Estamos em fase de aquisição material para tornar ainda melhor a funcionalidade destes módulos, nomeadamente toldos, cortinas e ventilação”.

O autarca explica que a tipologia escolhida para aqueles stands era a atual e que, embora “não nos parecesse a mais adequada, não houve forma de a contrariar”, mas garante que, num curto espaço de tempo, a situação estará resolvida. E acrescenta: “O projeto foi anunciado em 2020 e, portanto, à data não era minha competência. Estamos sensíveis para a situação, mas só a poderíamos resolver depois da obra inaugurada”.

No “coração” de Estremoz, o Rossio Marquês de Pombal vai manter a sua função, ou seja, “um espaço de lazer e de fruição, bem como a utilização para o tradicional mercado de sábado”. 

José Daniel Sádio admite que tenha havido algum receio por parte dos vendedores do mercado de velharias, bem como da própria autarquia, uma vez que o espaço foi alterado em algumas áreas. 

“Reunimos com os comerciantes do mercado da fruta, dos frescos e também com o do mercado das velharias e a transição para o novo espaço foi feita de forma faseada”, conta, adiantando que “os mercados já estão perfeitamente instalados e a funcionar, sem desvirtuar a traça que os marca”.

Contudo, o presidente da Câmara diz pretender ainda mais. “Queremos que este seja igualmente um espaço onde possam decorrer inúmeras animações culturais no decorrer da primavera e do verão”. 

ESTREMOZ SOMA 40 MILHÕES

Valorização é igualmente a ideia que a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, trouxe a Estremoz. “A preocupação é valorizar o território, neste caso, em termos de regeneração urbana”, afirma, salientando a importância dos fundos europeus, algo que considera fundamental para “regenerar os centros históricos, para que as pessoas escolham estes locais para viver e queremos que a atividade económica aqui se dinamize e, isso só com pessoas aqui a viver”. 

Ana Abrunhosa anunciou que, ao abrigo do Portugal 2020 e do Plano de Recuperação e Resiliência, o Município de Estremoz tem aprovado um investimento que ultrapassa os 40 milhões de euros, entre investimento público e privado, sendo que mais de 16 milhões foram para apoio empresarial. Em seu entender, “é importante este investimento empresarial, para a valorização do território, para aqueles que cá estão, mas também para ter mais empresas, para fixar população e trazer mais pessoas”.

A governante sustenta que esta “é uma tendência crescente nos territórios do interior”, considerando que “os municípios são os grandes parceiros em diversas áreas, nomeadamente na reabilitação de habitação e na construção de vias de comunicação que as empresas necessitam”.

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