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Manuel Canudo critica “problema gravíssimo” da habitação em Évora

Aos 23 anos, Manuel Canudo, professor não profissionalizado no ensino básico, é o cabeça-de-lis-ta do Bloco de Esquerda, por Évora, às próximas legislativas. A sustentabilidade ambiental, os direitos dos imigrantes contratados para a agricultura e o “problema gravíssimo” da habitação estão entre as suas prioridades. Ana Luísa Delgado (texto)

Entrevista com Manuel Canudo (à esquerda na foto, acompanhado pelo mandatário da candidatura do Bloco de Esquerda em Évora, José Eliseu Pinto).

Qual é que é a sua expectativa em termos de resultados eleitorais no distrito?

Bom, devo-lhe dizer que não há, neste momento, uma expectativa clara. A campanha ainda não avançou, ainda diria que faltam os restantes partidos vir a jogo. O Bloco já apresentou o seu programa, como é óbvio, mas ainda faltam os restantes partidos apresentarem os seus programas. E isso é fundamental para termos umanoção clara das expectativas eleitorais para o distrito.

E, a nível regional, na sua opinião, qual é que acha que deverá ser a primeira prioridade do próximo Governo?

Nós, no Bloco, temos frisado muito, e principalmente agora, com o que estamos a ver no Algarve, a importância de começar a falar das questões da sustentabilidade em vários domínios e, principalmente, no nosso caso, na agricultura. É um setor onde a presença de trabalho imigrante tem que também ser muito discutida, muito debatida e em que temos de defender os direitos daqueles trabalhadores. No Alentejo, a questão da sustentabilidade e a crise ambiental que estamos a viver tem que ser cada vez mais discutida e têm de ser apresentadas propostas políticas concretas para as resolver. Propostas que, de resto, vêm incorporadas no programa do Bloco de Esquerda para as eleições de 2024.

Na sua opinião, qual o estado do distrito de Évora?

Eu diria que os problemas são imensos. Quer dizer, estamos a atravessar um momento de crise em vários setores. A Educação está em crise, tal como a Saúde. Ao nível da habitação estamos a viver problemas gravíssimos. Em Évora, em concreto, não são poucas as vezes em que esse problema se coloca, sobretudo ao nível da minha geração, uma geração jovem, que não encontra casa para viver, é uma tarefa completamente impossível. Podemos identificar vários problemas, para os quais, neste momento, se oferecem respostas rápidas. É muito importante regressar aos problemas, desafiar os eleitores a lerem os programas, a informarem-se. O Bloco de Esquerda tem propostas que visam responder a estas crises que, sendo nacionais, têm grandes reflexos no nosso distrito.

Em Portalegre, o cabeça-de-lista do Bloco será Rui Jorge Sousa, empresário do setor da restauração, que lamenta que o interior permaneça “completamente esquecido” pelo Governo. “As pessoas já viram o que é ser governado por PS e PSD. Vamos a votos para conseguir melhores resultados e dar voz a uma esquerda com força”. Já em Beja, a lista será liderada por José Esteves, funcionário judicial.

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