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Lundin Mining confirma “contactos” para vender Neves-Corvo

A Somincor, subsidiária do Grupo Lundin Mining, concessionária da Mina Neves-Corvo, confirmou esta terça-feira a existência de “contactos exploratórios” de empresas interessadas na aquisição da operação mineira em Portugal.

Em nota de imprensa enviada à SW PORTUGAL, a empresa refere que “as manifestações de interesse registadas decorrem da relevância internacional da operação da Somincor e do potencial produtivo existente, em compromisso com os trabalhadores, a região e o país”.

A administração adianta já ter informado os trabalhadores que a Lundin Mining “está a avaliar a possibilidade de vender a sua posição nos ativos europeus”, garantindo que a Somincor “continuará a acrescentar valor na prospeção de minerais relevantes para a transição energética, que contribuem para o emprego, a qualidade de vida e o desenvolvimento local”.

Recorde-se que a mina de Neves-Corvo é hoje a maior mina de zinco e a sexta maior mina de cobre da Europa, sendo ainda a maior empregadora da região e “um importante elemento para a contribuição do produto interno bruto através das exportações nacionais de concentrados de cobre, zinco e chumbo, que são minerais fundamentais para o desafio da transição digital e energética”.

A Somincor – Sociedade Mineira de Neves-Corvo foi constituída em 24 de julho de 1980 após ter sido descoberto, em 1977, um depósito de sulfuretos contendo quantidades significativas de metais básicos, predominantemente cobre, estanho e zinco. 

O Grupo Lundin Mining, uma empresa canadiana de mineração de metais básicos com operações e projetos no Chile, Brasil, Suécia, Estados Unidos da América e Argentina, que opera Neves-Corvo há quase 20 anos, garante estar “extremamente satisfeito com os resultados alcançados pela equipa durante esse período” e sublinha que a produção “mais do que duplicou” desde que adquiriu a mina, cuja vida útil “aumentou significativamente”. 

“Não se avizinha nada de bom”, comentou à agência Lusa o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM), Albino Pereira. “De certeza absoluta que não será bom para os trabalhadores, pois, quem vier, virá com vontade de passar a limpo os direitos que os trabalhadores têm. Isso já foi tentado no passado e agora será mais do mesmo”, disse o dirigente sindical.

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