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Luís Assis (opinião): “Zona Industrial dos Arcos”

Luís Assis, advogado | Opinião

Na reunião da Câmara de Estremoz do passado dia 26 de julho foi aprovada a declaração de resolução de contratos promessa de compra e venda de quatro lotes de terreno na Zona Industrial dos Arcos, sendo que relativamente a dois deles tinha sido pedida a prorrogação dos prazos.

Sendo a Zona Industrial dos Arcos, uma zona industrial com excelente localização e com apetência para o investimento, torna-se estranho porque é que há investidores que perdem o interesse, a ponto de perderem o sinal dado.

Também é estranho que, havendo dois pedidos de prorrogação dos prazos em dois dos contratos, o que demonstra, em princípio, o interesse do investidor, porque é que a Câmara deliberou não aceitar. Precisando Estremoz de investimentos de empresas, para criação de postos de trabalho, aumento da produtividade do concelho e, consequentemente, da sua riqueza, não se percebe porque é que não se trabalha em parceria com os investidores.

Será que os investidores não cumpriram os prazos acordados? Em caso afirmativo, houve algum contacto dos serviços da Câmara com estes para indagar o que se passava? Será que os processos de licenciamento levaram mais tempo do que deveriam ter levado, o que motivou o desinteresse do investidor no negócio?

Estremoz não se pode dar ao luxo de perder investidores que pretendem criar riqueza no concelho, postos de trabalho e, como tal, potenciais captadores de pessoas para aqui residirem, contribuindo para a inversão da desertificação.

Muitas vezes é necessário ser-se mais compreensivo e atuar em equipa com o investidor, sendo mais activo na procura de soluções para os problemas que surgem do que, simplesmente esperar sentado pelo incumprimento do prazo acordado para se pôr fim ao contrato celebrado, porque a Câmara tem que ter um interesse na concretização do investimento, pela mais valia que representará para o futuro do concelho e da sua população.

Cortar a direito significa que o investidor irá procurar outra autarquia mais compreensiva e ativa, tal como já sucedeu no passado recente, em que Estremoz perdeu investimentos interessantes e importantes para o concelho, ganhando os concelhos vizinhos.

Numa altura em que Estremoz precisa de investimento que crie postos de trabalho, para fixar pessoas e criar riqueza e desenvolvimento, deliberações desta natureza são, no mínimo, estranhas. Os estremocenses merecem mais!

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