O presidente da Câmara de Évora emitiu um despacho em que aprova, “com condições”, os projetos de especialidade para a construção do novo estádio do Juventude de Évora. 

Entre as “condições” impostas inclui-se “a adução de água ao sistema de rega” feita de forma autónoma, “através de água de poços ou furos”, sendo igualmente necessária uma licença da Agência Portuguesa do Ambiente. Segundo Carlos Pinto de Sá, trata-se de um projeto desportivo “estruturante” que inclui igualmente a construção de um centro desportivo de iniciativa municipal com prevista parceria com a Associação de Futebol de Évora. 

“Este novo complexo desportivo essencial ao desporto em Évora, ou se faz agora com o que os recursos disponíveis permitem ou não se fará nos próximos anos (até 2030, pelo menos, não haverá fundos europeus para equipamentos desportivos), mantendo e piorando alguns dos degradados equipamentos desportivos existentes”, acrescenta o autarca.

Aquando do anúncio do projeto, há três anos, a Lusa noticiou que o Juventude estava a negociar com o Lidl um contrato de constituição do direito de superfície de uma parte do Estádio Sanches de Miranda para a multinacional do setor do retalho construir um supermercado. Nos termos do contrato, o Lidl fica, durante 50 anos, com o direito de superfície de 8.900 metros quadrados e em contrapartida constrói o novo estádio, com relvado natural e lotação de três mil lugares sentados, e um campo sintético e balneários.

Na altura, o presidente da Câmara lembrou que a autarquia “não tem, infelizmente, instalações municipais e não tem condições para construir um estádio municipal”, considerando que esta solução vai permitir que Évora disponha de “uma infraestrutura que faz falta”. A construir num terreno municipal destinado a zona desportiva, na Herdade do Alcaide, junto ao Bairro de Almeirim, adquirido pela autarquia em 2006 para a construção do parque desportivo municipal, projeto que nunca avançou.