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Turismo do Alentejo: José Santos quer Conselho de Alto Nível

Luis Godinho texto | Gonçalo Figueiredo fotografia

A criação de um “Conselho de Alto Nível”, é uma das novidades da candidatura de José Santos à presidência da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo. Trata-se de um órgão consultivo, não previsto nos estatutos, “um fórum de excelência para a concertação das intervenções territoriais e da estratégia de promoção turística regional”.

Na verdade não se trata de um, mas de dois conselhos: um para o Alentejo, outro para o Ribatejo. No caso do Alentejo, a ideia é sentar à mesma mesa, quatro vezes por ano, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA), a Autoridade de Gestão do Programa Regional Alentejo 2030, representantes das quatro comunidades intermunicipais, que agrupam as autarquias, e outras entidades como a ADRAL, Agência Regional de Promoção Turística, Grupos de Ação Local e, claro, a ERT do Alentejo e Ribatejo.

“Será um órgão de concertação de políticas e de intervenções no turismo”, disse esta quinta-feira José Santos, em Évora, numa conferência de imprensa para apresentação de uma proposta de programa eleitoral que será agora submetida a debate público. O “Conselho de Alto Nível do Turismo do Alentejo”, acrescentou, “deverá desempenhar um papel chave na dinamização” do Pacto para a Competitividade do Turismo Regional do Alentejo e Ribatejo.

Antes, já havia sublinhado a necessidade de um “novo modelo de governance” para “reaproximar” a ERT das autarquias e empresários e “potenciar a capacidade de coordenação, o que será muito relevante no âmbito dos fundos comunitários”. Trata-se de uma “estratégia integrada que otimize apoios financeiros”, permitindo que o setor seja “mais impactante e contribua cada vez mais para a coesão social e territorial”.

Nesta perspetiva de trabalho “em rede”, José Santos defendeu ainda a adoção de um “grande pacto para o turismo”, que inclua um conjunto de “ações e iniciativas estratégicas” envolvendo todos os agentes do setor e “focado em prioridades, racionalizando os meios financeiros numa perspetiva de trabalho integrado”.

Denominada “Nova Ambição – Construir o Futuro”, a candidatura diz-se apostada em desenvolver “propostas de produtos e experiências diferenciadas” nos vários segmentos de oferta turística, como o Alentejo Litoral, Évora ou Alqueva, e em dinamizar “as redes colaborarias do turismo enquanto estruturas empresariais próximas das comunidades locais”, promovendo ainda uma “rede de parcerias estratégicas de âmbito europeu e internacional e alavancar a liderança do território além fronteiras”.

PREOCUPAÇÃO COM A CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA

O candidato à presidência da ERT do Alentejo e Ribatejo disse ainda estar “preocupado” com a capacidade de acolhimento de Évora face ao “incremento muito significativo” da procura turística em 2027, quando a cidade for Capital Europeia da Cultura. Estamos muito focados [nesse evento]”, garantiu José Santos, cujo programa inclui a proposta de implementação, em conjunto com a Câmara e com a Comissão Executiva de Évora 2027, de um “plano específico de acolhimento e hospitalidade, que dê resposta às práticas turísticas dos milhões de visitantes” que são esperados na região.

Já ao nível da sustentabilidade, refere que o turismo deve “condicionar a agenda no ordenamento do território”, no sentido de “defender a paisagem e o capital natural e cultural como valores e ativos centrais da oferta turística” a nível regional. “A paisagem e a integridade territorial é o nosso grande crédito na promoção externa”, sublinhou.

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