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José Alberto Fateixa (opinião): “Quatro considerandos”

José Alberto Fateixa, professor | Opinião

Estamos no verão e em jeito de férias deixo considerandos soltos que tocam o território, a água, o destino e a animação.

Território. A União Europeia (UE) ao assumir o critério de dividir os fundos em função da riqueza criada e da população e o propósito de valorizar a competitividade fragiliza as zonas menos densamente povoadas e mais pobres. Cada vez é mais importante a escolha de políticos responsáveis para as estruturas regionais e intermunicipais, que corporizem pensamento territorial e opções que apontem caminhos de futuro. As Comunidades Intermunicipais têm responsabilidades acrescidas na utilização dos fundos regionalizados da UE, definindo e executando estratégias e intervenções, tão importantes nos territórios mais pobres.

Água. Importa conhecer a evolução das prioridades e orientações da UE na aplicação de fundos. No tempo dos grandes apoios às intervenções nas redes de águas e esgotos ou nas Estações de Tratamento que a maioria dos concelhos aproveitou, os decisores de Estremoz não atacaram o problema ou consumiram-se em discussões ideológicas e passaram-se muitos anos e com eles os fundos. Se as intervenções nos sistemas do concelho ultrapassam em muito os 50 milhões de euros e a capacidade de investimento do Município ronda os dois milhões por ano para todas as áreas, com convicção digo que é decisivo um compromisso sério para vários mandatos entre partidos responsáveis. Urgente uma parceria (Águas de Portugal) e um acordo temporal sobre as obras.

Destino. A conjunção de vários fatores (localização, história, diversidade de produtos genuínos de excelência, restauração de qualidade e diversificada, reforço da oferta hoteleira…) contribuem para que a marca Estremoz seja uma referência nacional. Já temos anos suficientes para saber que o rumo nunca será o espalhar as fragilidades que temos (e temos), mas aceitar o desafio de melhorar Estremoz, percorrendo o caminho da participação, do diálogo, da congregação de saberes e forças o que implica reais atitudes agregadoras dos decisores e dos que dão vida a Estremoz.

Animação. O mercado semanal e as contínuas diversas atividades económicas e sociais têm por base a vontade de afirmação de um concelho. A FIAPE (maior evento económico do Alentejo), a qualidade dos espaços museológicos, os inúmeros eventos económicos, desportivos e nos últimos tempos o visível Mês do Fado dão corpo à ideia de um concelho capaz de fazer coisas com uma animação de referência. O desafio é o equilíbrio financeiro e operacional entre a frente da animação e o cuidar de tudo o resto, desde o dia a dia até ao planeamento de um Estremoz cada vez melhor.

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