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José Alberto Fateixa (opinião): “FIAPE cada vez melhor”

José Alberto Fateixa, professor | Opinião

O tempo demostra como decisões podem influenciar tempos futuros e que as pessoas e as comunidades podem ser geradoras de dinâmicas afirmadoras de progresso. No início dos anos 80 um conjunto de estremocenses e a Câmara liderada pelo Dr.º José Emílio Guerreiro mobilizaram-se e criaram a Feira de Arte Popular e Artesanato de Estremoz, no Rossio. 

É verdade que vários artesãos marcavam presença em vários certames, que os barros e os bonecos eram conhecidos e que a arte popular tinha na nossa terra um bom conjunto de criadores, mas a decisão de criar a feira funcionou como uma verdadeira alavanca diferenciadora e promotora de Estremoz. Quando em 1987 a Câmara, com o Dr.º João Carrapiço e Alberto Silva, se associou ao Instituto de Emprego e Formação Profissional, Zona Agrária e à Associação de Criadores de Ovinos (ACORE) dando início à FIAPE, no Rossio e traseiras da Câmara, criaram um evento que, em torno das atividades do mundo rural, é uma referência nacional. 

Por inúmeras razões, sempre defendi que os eventos económicos e sociais são uma marca de Estremoz e pilar óbvio de uma estratégia de desenvolvimento. Enquanto autarca tive a oportunidade e a responsabilidade de estar no centro da organização de oito edições da FIAPE e da Feira de Artesanato. 

No período 1990-93 as feiras eram no Rossio e levantavam enormes complexidades organizativas dos espaços para os diversos setores, com montagens seguidas de desmontagens e os custos associados. Já de 2005 a 2009, com a passagem para o Parque de Feiras, a estruturação dos eventos ficou mais fácil e possibilitou o reforço desta linha de atuação apesar das inúmeras e significativas falhas estruturais do espaço, desde a localização e disposição no parque até a omissões nos pavilhões. 

Se é verdade que a ACORE não criou a feira em Estremoz, como a ACOS o fez em Beja em 1984, desde a primeira hora trabalhou com a Câmara no sucesso da FIAPE e recordo, por exemplo, com enorme admiração pessoal, nomes como Franco de Sousa, Miguel Marquês ou José Romão, fundamentais na pecuária das FIAPE que organizei; ou a Zona Agrária (F. Comprido e F. Maldonado). Recordo o empenho da comissão de artesãos e do IEFP (A. Ribeiro) na estruturação do artesanato. Podendo muita coisa ser diferente, com contextos muito diversos, considero que foram desafios bem sucedidos e determinantes na consolidação da feira, que me deixam orgulhoso por ter servido a minha terra.

Hoje, como sempre, o essencial é juntar as nossas empresas, produtores e artesãos na divulgação dos produtos, trazer visitantes e gerar negócios. Se somos gente que faz, também há impulsos momentâneos que os desfazem. Hoje, como sempre, que a nossa energia seja concentrada no essencial, a FIAPE cada vez melhor.

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