PUBLICIDADE

Jorge Pais (opinião): “Agenda por um Portugal Digno”

Jorge Pais, presidente do Núcleo Empresarial da Região de Portalegre | Opinião

Todos queremos um Portugal com fácil acesso a um sistema de ensino de excelência, a uma assistência na doença rápida, eficaz e de qualidade, com um sistema de proteção social que ofereça segurança e tranquilidade, um Portugal que permita a realização pessoal e profissional dos que por aqui ainda vão nascendo, assegurando um nível médio geral de rendimentos para todas as famílias que garanta a qualidade e dignidade de vida adequadas! 

O caminho para chegar a esta consensual aspiração coletiva varia segundo as diferentes orientações ideológicas, mas há uma coisa que todos reconhecem necessária: dinheiro, muito dinheiro! 

Ora, como o dinheiro “não cai do céu”, resultando sim da riqueza que o país é capaz de criar, não há caminho possível, sem que o país produza mais, trabalhe mais e melhor, crie enfim mais e maior riqueza!

Conforme há muito se sabe, sendo uma verdade incontestável, não se pode distribuir o que não há! Não se podem aumentar salários se não se tiver criado riqueza para os pagar. É assim ao nível da empresa e da economia do país em geral, aliás de todos os países. 

A história demonstrou que sem a proliferação e crescimento da atividade empresarial não se gera a riqueza necessária para o nível de bem estar social a que aspiramos. Vejam-se os exemplos da China, que passou do radicalismo maoísta para um capitalismo politicamente controlado, ou da Europa de Leste que, mantendo os regimes autoritários, passou de uma economia centralizada de Estado para uma economia de empresas e grupos empresariais.

A atividade empresarial é absolutamente crucial para o crescimento económico e criação de riqueza, havendo ainda no entanto alguns resquícios ideológicos que resistem a reconhecê-lo, persistindo na retrógrada e maniqueísta dicotomia entre empresários, os perigosos, mal intencionados e exploradores “patrões”, e as vítimas, os perseguidos “trabalhadores”.

Não vamos ter um Portugal Digno enquanto não conseguirmos criar a riqueza necessária, e não vamos conseguir criá-la enquanto não superarmos esta retrógrada abordagem, percebendo que o apoio ao desenvolvimento económico e social, a proteção dos trabalhadores, o aumento dos salários, começa na consolidação e crescimento das empresas.

Um Portugal Digno precisa de empresas fortes e lucrativas, empresas que paguem impostos de acordo com os respetivos lucros e possam pagar melhor aos seus colaboradores! De resto, se mais empresas pagassem impostos normais, não haveria necessidade de se aplicarem tão asfixiantes taxas e taxinhas, nem de carregar sobre os desgraçados do costume, que através do IRS garantem as receitas certas. 

A proteção dos “trabalhadores” começa na proteção das empresas, estas precisam de ter condições para aumentar a produtividade e ganhar dinheiro, para poderem aumentar os salários! A média dos salários praticados não é, nem pode ser, determinada por imposição legal. 

Já é tempo dos arautos, sobretudo com responsabilidade governativa, que possam ainda não se terem apercebido dos mencionados e ultrapassados resquícios ideológicos, compreenderem que a defesa dos direitos das empresas ao lucro, à produtividade e competitividade, não significa estar a favor dos “patrões”, ou promover a “exploração do trabalho”, constituindo antes a defesa de tais direitos a base incontornável de construção de um país digno.

Apoie-se e incentive-se a criação de riqueza pelas empresas, indispensável à melhoria social dos seus colaboradores e do país, que depois, por negociação ou por medidas políticas, se poderá fazer a adequada distribuição e conseguir um Portugal mais digno! 

Partilhar artigo:

FIQUE LIGADO

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

© 2024 SUDOESTE Portugal. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por WebTech.