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Investimento britânico projeta novo hotel em Redondo

Maria Antónia Zacarias texto

Vários foram os interessados no Monte da Palheta, nome dado pela ribeira que por ali passa, com vista a tornar aquela antiga casa senhorial e agrícola num empreendimento turístico. Os anos correram, os projetos não avançaram, mas o projeto poderá, finalmente, ter execução plena.

 Imóvel de Interesse Público Municipal, o Monte da Palheta está de novo no centro das atenções, tendo sido adquirido com investimentos essencialmente britânicos que pretendem fazer dele uma unidade numa lógica turística associada à cultura, como afirma o presidente da Câmara de Redondo, David Galego. 

O autarca explica que o projeto está nas mãos das equipas de arquitetos e assessoria estratégica, estando previsto que as obras se iniciem no próximo ano para que esteja concluído ainda antes de Évora ser Capital Europeia da Cultura, em 2027. Conhecido, em pormenor, apenas por alguns, o projeto pode vir a ser, segundo o município, uma mais-valia para a economia do concelho e da região. 

Composto por um edifício principal, uma antiga casa senhorial (área habitacional principal e outra para empregados, zona de estábulos ou estrutura de recolha das alfaias, entre outras), o Monte da Palheta remonta ao século XVIII, nele se distinguindo um traço setecentista onde também se espelha o cruzamento das variadíssimas culturas que por ali passaram, o que originou uma representação única, quer a nível arquitetónico como social e cultural.

Integrado numa área total de cerca de 300 hectares no concelho de Redondo, o imóvel que inclui um hotel em fase de construção parou no tempo. Para ali esteve projetada uma unidade hoteleira de luxo, “de características conventuais”, com 73 quartos com base no edifício central, bem como a recuperação de pequenas casas envolventes, uma barragem, um campo de golfe.

Nada passou de intenções e pequenas intervenções durante largos anos. No entanto, recentemente, novos investidores com capitais maioritariamente ingleses adquiriram a herdade e dela querem fazer “um investimento estruturante para o futuro do concelho de Redondo, comprometido com a economia circular, que criará dezenas de postos de trabalhos diretos, reforçará significativamente o número de camas destinadas a dormidas turísticas e que promoverá um impacto muito positivo na economia local, incentivando o reforço da oferta de animação turística, restauração e atividades conexas”, como sustenta David Galego.

Segundo o presidente da Câmara, a Herdade da Palheta foi adquirida por um grupo que vem fazer um investimento hoteleiro, “ligeiramente diferente do que estava previsto, mas continua a intenção de ser um empreendimento turístico hoteleiro, só que com outras valências”.

Questionado sobre qual o ponto da situação, o autarca conta que o projeto está a ser estruturado pelas equipas de arquitetos e assessoria estratégica que “estão empenhadas na elaboração do plano financeiro e no plano de arquitetura para poder dar continuidade aos processos de licenciamento necessários”. 

O município reconhece “o grande incremento” que este investimento pode ter no concelho. A previsão da criação de postos de trabalho que são em número significativo, cerca de 50, são um exemplo disso. “Cerca de cinco dezenas de postos de trabalho direto irão possibilitar a fixação das pessoas, tendo como consequência também uma maior procura de alojamento que implicará a recuperação de imóveis degradados”, frisa.

A este cenário, o edil acrescenta “a dinamização de serviços diretos e indiretos que podem ser obtidos aqui localmente e a possibilidade de termos um número de camas que é muitas vezes superior ao existente. Tudo isto fará que a economia local absorva aquilo que é o dia-a-dia das visitas locais às nossas outras infraestruturas como a restauração, bem como fomentar o aparecimento de empresas de animação turística e outras entidades que podem beneficiar disso”. 

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