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Luís Montenegro: “Há um país real diferente do de António Costa”

O líder do PSD está preocupado com o aumento da pobreza em Portugal. De visita ao distrito de Portalegre, no âmbito da iniciativa “Sentir Portugal”, Luís Montenegro reagiu com preocupação aos mais recentes dados publicados pelo Barómetro Europeu sobre pobreza, segundo os quais metade da população portuguesa sente que o seu salário não é suficiente para pagar todas as despesas.

“Há um país real, que é completamente diferente do país sempre muito otimista e sempre muito sorridente do doutor [António] Costa, do doutor [Fernando] Medina, de todos aqueles que os acompanham no Governo”, disse o presidente do PSD em Elvas, cidade onde visitou a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental. 

Em declarações aos jornalistas, Luís Montenegro considerou que os dados do Barómetro vêm “comprovar” críticas que tem feito: “Tudo aquilo que venho denunciando nos últimos meses em Portugal, o empobrecimento a que temos assistido, o nivelamento por baixo que está agora comprovado neste relatório, que atesta precisamente esta incapacidade das pessoas que têm mais baixos rendimentos, trabalhando, repito, trabalhando para poder suportar as suas despesas, e também atesta a precariedade que hoje existe no nosso mercado laboral”.

Insistindo nas críticas ao Governo, acusou o Partido Socialista de “estar a acabar com a classe média em Portugal”. “Nós”, sublinhou, “não queremos uma sociedade pobre. Nós não queremos uma sociedade de baixos salários e há condições para que a classe média pague menos impostos”.

Regressaria ao tema “impostos” já em Portalegre, à margem de uma visita à à BioBip- Bioenergy and Business Incubator of Portalegre, para voltar a apelar à redução da carga fiscal. Dirigindo-se ao primeiro-ministro interrogou: “Baixa ou não baixa o IRS no ano de 2023 para todos os escalões, menos o último, e em particular para a classe média, baixa ou não baixa até uma taxa máxima de 15% para os jovens até aos 35 anos?”.

Luís Montenegro defende ainda a “retirada de qualquer imposto ou contribuição” sobre os prémios de desempenho e produtividade, bem como inscrever na lei a atualização dos escalões de IRS de acordo com a inflação. “O senhor doutor António Costa”, disparou, é doutorado em conversa, mas responde pouco e faz muito menos”.

Num balanço sobre a iniciativa “Sentir Portugal” no distrito de Portalegre, o presidente do PSD recordou a sua passagem por diversos concelhos, de Ponte de Sor a Arronches – “continuo na rua a ouvir as pessoas” -,  e retomou críticas à ministra da Agricultura. 

“Reuni com associações e empresas ligadas ao setor agrícola, pecuário e florestal que se queixam de abandono por parte do Governo. O setor primário não tem tido a atenção que merece enquanto fator preponderante de desenvolvimento social e económico do país e enquanto promotor da coesão do território e do aproveitamento das nossas potencialidades”, afirmou Luís Montenegro, segundo o qual o país “tem uma ministra da Agricultura sem autoridade política e um primeiro-ministro que simplesmente não quer saber do setor”.

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