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Há 2000 novos alunos no ensino superior alentejano

Francisco Alvarenga, texto

O número de alunos colocados na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior, no Alentejo, cresceu mais de três por cento. Há agora 2011 novos alunos a frequentar a Universidade de Évora e os Institutos Politécnicos de Portalegre e de Beja. Número que irá subir na segunda fase, cujas candidaturas encerram no próximo dia 5 de setembro.

No caso da Universidade de Évora (UE) são 1290 novos estudantes, o que significa que 95% das vagas foram preenchidas logo na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso (CNA) ao ensino superior. A instituição regista que se “mantém” a taxa de crescimento dos últimos anos e revela que 98% dos alunos colocados indicaram a UE como primeira opção.

Neste ano letivo a Universidade disponibilizou 1357 vagas, distribuídas por 40 cursos de licenciatura e mestrado integrado. 

“Com uma oferta formativa ampliada, com duas novas formações e um número de vagas superior ao do ano letivo anterior, a Universidade de Évora distingue-se não só por manter uma taxa de colocação de 95%, mas também pelo facto de ter sido uma das poucas universidades que aumentou o número de colocados na primeira fase, numa conjuntura de diminuição em quatro por cento do número de candidatos ao ensino superior”, sublinha Hermínia Vilar, reitora da UE.

“Estes resultados”, acrescenta, “demonstram o dinamismo da instituição que atrai anualmente milhares de jovens provenientes de praticamente todos os distritos de Portugal e de vários pontos do globo, com mais de 70 nacionalidades diferentes representadas na comunidade estudantil”

Ainda de acordo com Hermínia Vilar, a “crescente” procura da UE “comprova o reconhecimento desta instituição que se pauta pela qualidade dos ensinos em todos os ciclos de formação, onde a aposta recente na área da Saúde, afirmada neste ano letivo com o mestrado integrado em Ciências Farmacêuticas ou em áreas emergentes, como a Inteligência Artificial e Ciência de Dados, a par do investimento contínuo na consolidação das outras áreas com competências instaladas e reconhecidas, confluem numa estratégia consistente ao nível da formação, que acompanha as mudanças incontornáveis da atualidade”.

Já no caso do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) foram preenchidas 70% das vagas colocadas a concurso na primeira fase, sendo que em metade das licenciaturas já não há lugares disponíveis e a instituição foi a primeira opção para cerca de 60% dos alunos agora colocados.

“Os números agora conhecidos, somados às colocações de estudantes provenientes de outros regimes – concursos especiais e estudantes internacionais, e aos estudantes de cursos técnicos superiores, pós-graduação e mestrado indicam que pelo terceiro ano consecutivo o IPP ultrapassará os 1000 novos estudantes, sendo expectável que se atinja um número significativamente superior ao obtido em 2022”, refere fonte da instituição, lembrando que faltam ainda colocar os estudantes que serão candidatos às segunda e terceira fases.

Entre as licenciaturas com vagas em aberto inclui-se Agronomia, Design de Comunicação, Educação Básica, Engenharia Informática, Engenharia de Produção de Biocombustíveis, Equinicultura, e Turismo. “[Estas licenciaturas], tal como tem acontecido em anos anteriores, contam já com uma taxa de ocupação significativa, se considerarmos todos os regimes de ingresso”, garante o IPP.

Já o Instituto Politécnico de Beja (IPB), em comunicado, congratulou-se com o aumento do número de estudantes colocadas na primeira fase de candidaturas, 324, “o que representa o preenchimento de 63,3% das 512 vagas colocadas” a concurso. Seis dos 15 cursos de licenciatura preencheram a totalidade das vagas.

“O IPB congratula-se pelo facto de ter registado um ligeiro aumentado dos candidatos colocados, num contexto em que os 49.438 novos estudantes agora colocados [a nível nacional] representam uma quebra de 0,7% no número de candidatos colocados face à mesma fase do concurso nacional em 2022”, acrescenta a mesma fonte. 

O IPB diz ainda estar “preparado” para “acolher os novos estudantes procurando, desde a primeira hora, corresponder às melhores expectativas daqueles que escolheram estudar na cidade de Beja, e que aqui vão encontrar uma comunidade académica focada na resolução dos problemas que na atualidade afetam a frequência de um curso de ensino superior”.

A instituição diz estar a encarar “com otimismo” as próximas fases de candidaturas, “considerando que os alunos colocados através dos concursos locais irão garantir o preenchimento das vagas dos cursos historicamente menos procurados, mas que neste momento são cursos com muitos estudantes, com uma grande procura por parte do mercado de trabalho e com excelentes indicadores em termos de empregabilidade”.

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