PUBLICIDADE

Grupo tailandês anuncia hotel cinco estrelas para Vila Viçosa

O antigo Convento de Nossa Senhora do Amparo, em Vila Viçosa, vai ser adaptado a um hotel de luxo pela empresa Anantara Hortel, Resorts & Spas, de capitais turcos. O projeto, cujo valor de investimento não foi divulgado, aponta para a abertura de uma unidade com 50 quartos, 10 suites e 16 residências, estando a inauguração prevista para 2024.

Fonte oficial da Anantara explica esta aposta com o facto de um Alentejo se ter transformado numa “emergente região turística”, sendo Vila Viçosa “uma das mais charmosas jóias” do território.

Além dos alojamentos, o empreendimento contará com piscina exterior e interior, salas de conferências, adega e três restaurantes.

De acordo com a mesma fonte, trata-se de uma parceria entre o grupo português Investaureum e a Anantara, com o objetivo de transformar este “edifício icónico e prestigiado do século XV” num hotel de luxo. O design de interiores procurará “manter a história do edifício e respeitar a vasta história e património de Vila Viçosa”, sendo que a remodelação terá em conta “as características dos espaços originais do antigo convento e contribuirá para o desenvolvimento e crescimento desta localização” turística.

“Estamos muito satisfeitos por continuar a expansão da nossa marca de luxo Anantara em Portugal. Situado no Alentejo, destino turístico cada vez mais procurado, o próximo Anantara Royal Vila Viçosa Resort promete experiências inesquecíveis que caracterizam a marca”, garante Dillip Rajakarie, diretor da Anantara, empresa que se estreou na Europa em 2017 com o o lançamento de uma unidade em Vilamoura, a que se seguiu uma outra em Marbella (Espanha).

Já Gonçalo Carrington, cofundador do grupo Investaureum, assinala a “oportunidade de destacar” a empresa “como promotora, onde a reabilitação e legado de edifícios patrimoniais, aliados à responsabilidade social e ao investimento em regiões de baixa densidade populacional, são o principal motor”.

A construção do antigo Convento de Nossa Senhora do Amparo, ou de São Paulo, integra-se no movimento de expansão urbana quinhentista de Vila Viçosa, para sul, tendo sido implantado num terreno limítrofe.  Marta Ferreira, da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), assinala que a obra decorreu em duas fases. A primeira entre 1590 e 1620, protagonizada por frei Martinho de São Paulo, que culminou com a conclusão da igreja, “de que resta a estrutura”. A segunda desenvolveu-se durante o primeiro quartel do século XVIII, a expensas de frei Luís Gralho, consistindo na edificação da sacristia e do claustro. 

Classificado como Monumento de Interesse Municipal, o convento, após a extinção das ordens religiosas no século XIX, “serviu de autêntico armazém” de cantarias, mármores trabalhados e talhas reutilizados noutros templos da vila, tendo albergado posteriormente uma fábrica de refinação de azeites.

Segundo a DGPC, a igreja “conserva os volumes exteriores e a fachada principal, voltada a este, quase intacta, correspondendo ao casario utilitário, onde se localizava a livraria dos paulistas também chamada Casa da Catacumba”. A capela-mor foi durante o século XVII o panteão da Casa de Bragança, com tribuna privada, tendo “o duque D. Teodósio II determinado que o seu corpo (assim como os dos descendentes da Casa de Bragança, em linha direta) aí fossem depositados, bem como os descendentes em linha transversal, que teriam sepultura no cruzeiro”.

Partilhar artigo:

FIQUE LIGADO

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE

© 2024 SUDOESTE Portugal. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por WebTech.