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José Calixto. “Fui vítima de tentativa de assassinato político”

Luís Godinho texto

O ex-presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz, José Calixto, diz ter sido alvo de uma “tentativa de assassinato político” na sequência da sua vacinação contra a covid-19, em janeiro do ano passado, poucos dias depois de as primeiras vacinas terem chegado a Portugal.

O caso motivou a abertura de um inquérito por parte do Ministério Público, agora arquivado, e à publicação de “milhares de comentários odiosos de ataque a caráter [que] ainda estão publicados nas redes sociais, de pessoas que vão atrás de uma onda de maldade e de indignidade que não preserva princípios básicos de humanismo”.

As declarações de José Calixto foram feitas durante a mais recente reunião pública da Câmara de Évora, município para o qual foi eleito vereador depois de ter encabeçado a lista do PS nas autárquicas de 2021. Os socialistas  ficaram a menos de 300 votos da CDU, vencedora da eleições. E o agora vereador diz que este caso provocou “consequências bastante graves em termos políticos e pessoais”. Ou seja, teve influência no desfecho eleitoral.  “[Fui vítima de] um ataque de carácter numa altura em que era candidato à presidência da Câmara de Évora”.

Esta tomada de posição surge depois de a procuradora do Ministério Público, Joana Diogo, ter determinado “o arquivamento dos autos, por não se ter verificado crime”. 

No despacho, a procuradora acrescenta que “não se aferiu que tivesse havido algum favorecimento” na vacinação dos membros do conselho de administração da Fundação Maria Inácio Vougado Perdigão Silva , que José Calixto integrava, e que a conduta dos visados, “uma vez que apenas foram vacinados os membros da administração ativos, demonstra uma preocupação para proteger efetivamente os utentes e profissionais que pudessem apresentar risco de propagação da pandemia”.

Falando numa “campanha desumana” contra si, o atual vereador diz ter-se limitado, na altura, a fazer “o que as autoridades de saúde me mandaram fazer”, tendo em conta que “estava diariamente em contacto” com quase 80 idosos, utentes do lar gerido pela Fundação.

“Se não houve crime nem irregularidade terá de ter havido difamação, injúria e muitas outras coisas que não interessam para aqui”, acrescentou José Calixto, criticando o que classifica de “processo muito bem montado, que levou muita gente atrás”, e especialmente grave “porque se aproveitou uma calamidade, uma tragédia humana, para atacar outras pessoas”.

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