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Festival Terra Mágica – Al-Mutamid começa quinta-feira em Beja

O fadista português Ricardo Ribeiro e o músico espanhol Duquende, um dos nomes grandes do flamenco, vão abrir amanhã, dia 2 de junho, a primeira edição do Festival “Terra Mágica – Al-Mutamid, O Primeiro Alentejano”, num concerto agendado para as 21h30 no Teatro Municipal Pax Julia, em Beja.

No espetáculo “Tanta Monta, Monta Tanto”, produzido em residência artística e que terá estreia mundial no Teatro Pax Julia, ir-se-ão cruzar “o talento de Ricardo Ribeiro e a autêntica ‘gitanería’ de Duquende, dois mestres dos seus géneros, que se abraçam para maior glória, encontrando-se nas diferenças e investigando as afinidades”, refere Faustino Nuñez, diretor musical deste espetáculo.

O festival prosseguirá sexta-feira com “Reverso”, uma peça de bailado flamenco contemporâneo criada criada pela companhia fundada e dirigida por Macarena López. Para sábado, dia 4, está agendada a atuação de Maâlem Omar Hayat, músico marroquino dotado de um estilo próprio, influenciado por diversos géneros musicais com ênfase no ‘reggae’. Hayat conquistou um público fiel no palco da música ‘gnaoua’ e da ‘world music’ em Essaouira, assim como em outros festivais nacionais e internacionais. 

O programa integra ainda a realização de uma “streaming performance” denominada  “Telluric Beja”, dia 3 de junho, a partir das 19h00, com HD Substance, Catalina Lucrécia e Carlos Mil Homens. No dia 4, entre as 19h00 e a 01h00, o jardim público da cidade será palco de “Techomágica”, espetáculo de música eletrónica com Ricardo Guerra, Parallax, HD Substance e Midinoize.

Promovido pela ALD Produções, Zález Artist Collect, Turismo do Alentejo e Ribatejo e Câmara Municipal de Beja, e com o apoio do Turismo de Portugal, o certame pretende constituir-se como um festival multicultural inspirado na figura de Al-Mutamid (1040-1095), o rei poeta, nascido em Beja, governador de Silves e último dos reis abádidas que governaram a taifa de Sevilha, feito prisioneiro e desterrado para a cidade marroquina de Agmat, onde desenvolveu boa parte da sua criação poética e onde viria a falecer.

Segundo Vítor Silva, presidente do Turismo do Alentejo e Ribatejo, a expectativa é que se trate de um “evento de grande qualidade artística, mas sempre com a perspetiva de ligação entre culturas”. Daí a aposta no cante alentejano, no fado, na música tradicional marroquina e no flamenco, na sua dupla vertente (cantada e dançada). 

“É um evento que gostaríamos de prolongar no tempo, envolvendo o Alentejo, a Andaluzia e a Extremadura espanhola e, claro, também Marrocos”, acrescenta Vítor Silva, sublinhando a mensagem implícita do festival: “É uma mensagem de multiculturalidade, de estabelecer pontes entre religiões e entre culturas diferentes”.

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