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Festival quer afirmar Grândola como “referência” do jazz

Francisco Alvarenga texto

Depois de Romeu Tristão e Clara Lacerda (trio), em janeiro, e de uma revistarão ao cancioneiro norte-americano com Margarida Campelo, em fevereiro, o Grândola, Vila Jazz prossegue este mês com “Lost in Translation”, um espetáculo intimista, contemporâneo e experimental assinado por André Carvalho. O festival é organizado pela Câmara de Grândola e pela Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, a “Música Velha”.

Segundo Bruno Santos, músico, professor do Hot Clube de Portugal e curador desta temporada do Grândola, Vila Jazz, o festival apresenta uma programação pensada para “resgatar o público”, para que as pessoas se sintam próximas do jazz, música que tem muitas variantes e estilos. Assim, “a programação vai ao encontro das pessoas, dentro do jazz meanstream em que se vai ouvir um repertório que assenta nos clássicos do jazz, em originais, repertório de Zeca Afonso e de cantautores dessa geração”.

Segundo Carina Batista, vereadora da cultura na Câmara de Grândola, o objetivo é tornar a vila “num dos locais de referência” do jazz em Portugal, tratando-se de um projeto inserido numa estratégia que “assenta na diversificação e no aumento das atividades culturais, criando um programa regular nos vários espaços municipais e envolvendo as coletividades num espírito de colaboração e parceria”. 

O último concerto da temporada, a 25 de novembro, será um espetáculo com clássicos da música cubana, os Alma Nuestra que têm Salvador Sobral como cantor do quarteto e dois nomes históricos do “nosso” jazz, Nelson Cascais (contrabaixo) e André Sousa Machado (bateria).  

Há formações mais pequenas, de duos, que são formatos mais intimistas e grupos maiores, como o sexteto Long ago and far Away, uma representação oficial do Hot Clube Portugal que passará em setembro por Grândola.

“Também em termos de instrumentos é uma programação variada com guitarra, piano, harmónica, saxofone, bateria, contrabaixo ou sopros”, acrescenta Bruno Santos, considerando que “estão reunidas as condições para nove belíssimos espetáculos de jazz”.

Depois de André Carvalho, que subirá ao palco do Cineteatro Grandolense dia 31 de março, segue-se, a 29 de abril, o duo formato por Gonçalo Sousa e Carlos Garcia que levará ao festival uma mistura de repertório jazz com música brasileira e alguns originais. Em maio, a 26, será a vez do trio liderado por Afonso Pais, um dos mais importantes guitarristas do jazz contemporâneo português, cujo projeto musical está assente em repertório que consta dos filmes do James Bond, com adaptações e arranjos jazzísticos do próprio Afonso Pais.

A 30 de junho, o Grândola, Vila Jazz vai revistar os cantautores de Abril, ou não estivesse a vila intimamente ligada à revolução, e em outubro, a 27, o trio de André Rosinha completa a programação da presente temporada.

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