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Évora: Governo quer hospital adaptado a habitação

Francisco Alvarenga texto | Gonçalo Figueiredo fotografia

A “dona da obra” do novo Hospital Central do Alentejo, em construção em Évora, é a Administração Regional de Saúde do Alentejo. Mas o equipamento da nova unidade vai ficar “por conta” da administração hospitalar que, até outubro, deverá apresentar proposta para adaptar os atuais edifícios a habitação.

O secretário de Estado da Saúde atribuiu ao conselho de administração do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) competências para “preparar e executar” o processo de “planeamento, aquisição e instalação dos equipamentos” necessários para o novo hospital, em construção, “incluindo as operações inerentes à transferência de serviços e de equipamentos” do atual edifício hospitalar.

Em despacho publicado em “Diário da República”, Ricardo Mestre sublinha que o financiamento dos equipamentos e dos sistemas de informação “será assegurado, preferencialmente, por verbas provenientes de fundos comunitários”, sendo que a administração do HESE terá de apresentar até final do próximo mês de outubro um “estudo prévio para rentabilização e reafetação dos edifícios em que hoje se encontra instalado o Hospital do Espírito Santo, tendo em vista, nomeadamente, o seu aproveitamento para suporte habitacional a profissionais de saúde”.

Considerando que a construção do novo Hospital Central no Alentejo “é um projeto da maior relevância estratégica para o Serviço Nacional de Saúde, permitindo a melhoria da resposta assistencial à população do Alentejo, pela maior proximidade, diferenciação clínica e inovação tecnológica que acrescentará à região”, Ricardo Mestre aponta a “previsão” de conclusão da obra para o próximo ano, 

“O investimento associado a esta construção é objeto de cofinanciamento pelo Programa Operacional Regional do Alentejo, do Portugal 2020, estando em curso a sua classificação como grande projeto, o que permitirá incluir também o financiamento dos equipamentos necessários ao funcionamento do novo hospital”, acrescenta.

No despacho, o secretário de Estado sublinha ainda que a nova unidade de saúde “contribuirá de forma determinante” para os objetivos do Programa Operacional da Região Alentejo, sendo que “o consequente faseamento da operação para o Portugal 2030 terá um forte impacto na melhoria da qualidade dos serviços e do acesso dos utentes aos cuidados de saúde, nomeadamente ao nível dos cuidados a prestar à população, através da criação, adaptação, melhoria e apetrechamento das infraestruturas de saúde”.

A decisão de atribuir à administração hospitalar a responsabilidade pelo equipamento é justifica pelo governante com “a complexidade do projeto” em curso. “A definição do tipo e das características dos equipamentos e dos sistemas de informação necessários ao funcionamento do novo Hospital Central do Alentejo exigirão um especial planeamento, acompanhamento e conhecimento técnico por parte dos futuros utilizadores”, acrescenta Ricardo Mestre.

Ainda de acordo com o secretário de Estado, trata-se de uma solução que permite “o aproveitamento e a transferência do equipamento existente no atual hospital, por forma a combinar o aproveitamento pleno dos equipamentos em utilização e a otimizar a capacidade de aquisição que estimule a diferenciação clínica e tecnológica que se pretende alcançar com este projeto”.

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