Francisco Avarenga texto | Gonçalo Figueiredo fotografia

Chama-se ETE – Estremoz Terra de Encantos. É uma nova associação criada para “promover o desenvolvimento” económico e “criar oportunidades de acesso” á arte e à cultura. Um dos primeiros objetivos é a abertura de uma escola de música.

Licenciado em gestão, José Mário Gaspar teve uma carreira profissional dedicada à banca. António Manuel Nery, empresário, alimentou ao longo da vida uma “paixão” pela música. Do encontro dos dois resultou a criação de uma nova associação, a Estremoz Terra de Encantos (ETE) nasceu para “promover o desenvolvimento económico da região” e “criar oportunidades de acesso às mais diversas formas de expressão artística”.

“O essencial é agarrar nos jovens e promovê-los, seja no campo artístico ou no empresarial. A cidade tinha pujança, hoje está tudo muito parado, e queremos contribuir para inverter este estado de coisas”, diz José Mário Gaspar, sublinhando que hoje em dia olha para a cidade “com muita tristeza” uma vez que a população tem vindo a diminuir de forma sistemática: “Da minha geração [60 anos] já pouca gente está por cá, mas da geração dos nossos filhos não está mesmo ninguém, a grande maioria deixou a terra onde nasceu por motivos profissionais”.

A nível económico, a ETE propõe-se “apoiar e fazer crescer o tecido empresarial”, através da realização de eventos para dinamizar, por exemplo, o comércio tradicional ou o setor dos vinhos. Já a nível cultural, uma das apostas passa pela criação de uma escola de música moderna “para oferecer uma alternativa ao ensino oficial” da música.

Lembra António Manuel Nery que existem “muitos artistas aqui nascidos ou com ligações à cidade” que estão a “trilhar” o seu caminho sem qualquer tipo de apoio. “Pretendemos criar salas de ensaios e um estúdio de gravação que possa ajudar todos estes artistas, que poderão ir mais longe desde que tenham oportunidade para isso”, conclui.