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Estremoz: Cruz Vermelha dá apoio a mais de 330 famílias

Maria Antónia Zacarias texto | Gonçalo Figueiredo fotografia

Os pedidos de ajuda têm vindo a aumentar exponencialmente na delegação da Cruz Vermelha de Estremoz. No âmbito do Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas (POAPMC), abrangendo toda a zona dos mármores, há 300 famílias apoiadas, das quais 274 são de Estremoz. 

Nos apoios concedidos diretamente pela Cruz Vermelha de Estremoz registou-se uma duplicação dos agregados familiares beneficiados, apenas nos últimos três meses. A perda do poder de compra resultante do aumento do custo de vida e a dificuldade em conseguir pagar todos os compromissos bancários são fenómenos sociais que estão na liderança da necessidade de recorrer a este tipo de apoio em géneros alimentares, vestuários e calçado. 

A presidente da instituição, Rosália Cardanha, mostra-se apreensiva com este crescente problema social, sobretudo porque começa a notar-se uma redução dos excedentes que são fornecidos pelos hipermercados parceiros, bem como uma mudança no perfil do beneficiário que se dirige diretamente à Cruz Vermelha. Não são apenas os reformados com baixos rendimentos, os desempregados, mas também os trabalhadores no ativo para quem o salário deixou de ser suficiente. A pobreza envergonhada não deve vencer neste contexto social, daí esta organização apelar à solidariedade de toda a comunidade com a oferta de alimentos e bens de primeira necessidade.

“Neste momento, estamos a apoiar através de candidaturas ao Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas – articulado com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e com a colaboração do Ministério da Saúde e do Ministério da Economia – ao nível de toda a zona dos mármores, cerca de 300 famílias, sendo que em Estremoz temos cerca de 274 famílias ajudadas por este programa”, revela Rosália Cardanha.

A responsável acrescenta que os pedidos de ajuda surgem diariamente. “Tem havido um aumento exponencial de pedidos de apoio, sobretudo em situações de reformados e agregados com crianças e jovens”. O apoio assenta no fornecimento de bens alimentares, na esmagadora maioria, mas também de vestuário e calçado. 

Naquilo que são os pedidos diretos à Cruz Vermelha de Estremoz, o perfil “alterou-se”. Esta entidade está a receber muitos mais pedidos de pessoas com baixas reformas. “Os reformados têm vindo a perder capacidade de aquisição de bens, uma vez que os custos aumentaram e acredito mesmo que haja alguma pobreza envergonhada”. 

Para agravar este cenário, em que a a procura de ajuda é maior, começam a existir menos dádivas.

“Os excedentes oriundos dos hipermercados que são nossos parceiros estão cada vez mais reduzidos. Portanto, estamos a viver duas situações: o aumento da procura e a redução da nossa capacidade de distribuição”, assegura Rosália Cardanha, anunciando que estão previstas algumas campanhas junto da comunidade no sentido de reforçar a capacidade de distribuição da Cruz Vermelha: “As campanhas ficaram paradas no tempo da pandemia e agora iremos retomá-las assim que possível. Fazemos habitualmente campanhas junto de hipermercados locais ou parcerias nacionais para a recolha de alimentos”. 

Garantindo que a Cruz Vermelha de Estremoz irá continuar a apoiar todos que efetivamente estejam a passar por dificuldades, “sempre que esteja nas nossas mãos e tenhamos capacidade para o fazer”, a presidente da instituição diz que as portas estão abertas, de segunda a sexta-feira, entre as 8h00 e as 19h00, para receber todos os produtos doados que estejam de acordo com o cumprimento das regras de segurança alimentar.

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