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Especialistas debatem soluções para reduzir número de infeções hospitalares

A companhia de tecnologia médica BD – Becton Dickinson reuniu médicos e enfermeiros numa “Jornada de Terapia de Infusão e Acessos Vasculares”, para debater a importância de uma correta implementação e funcionamento destes procedimentos clínicos e a sua relação com a garantia de excelência na qualidade dos cuidados e na gestão de doentes hospitalizados. 

A evidência médica, refere a BD, mostra que a uniformização de procedimentos entre os profissionais de saúde que trabalham com cateteres ajuda a garantir uma boa atividade especializada e a promover a segurança dos doentes. Assim, existe atualmente uma tendência crescente para a criação de equipas de infusão e de acesso vascular – grupos multidisciplinares com competências na inserção e manutenção de cateteres intravasculares periféricos e centrais – como parte de uma estratégia conjunta para alcançar a excelência hospitalar. 

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) estima que, em Portugal, mais de 94 mil doentes contraem anualmente uma infeção associada a cuidados de saúde. Além disso, entre as complicações mais graves estão as associadas à contaminação no local de inserção ou ao uso incorreto dos dispositivos, com uma elevada taxa de mortalidade, obrigando à utilização de antibióticos mais fortes e, em alguns casos, à remoção do cateter. Outras complicações importantes são a trombose associada ao cateter central,

 a vasodilatação e infiltração e lesão do endotélio vascular. 

De acordo com dados do ECDC, a taxa de infeções hospitalares, incluindo infeções associadas a cateteres, situa-se entre os 4 e os 10% das admissões hospitalares e nas unidades de cuidados intensivos este valor pode ser ainda mais elevado. Por outro lado, o tratamento das complicações associadas aos cateteres gera custos significativos para o Sistema Nacional de Saúde (SNS) em Portugal, quer em termos de tratamento direto, quer em termos de hospitalização prolongada. Acresce que as taxas de readmissão hospitalar e o uso prolongado de antibióticos aumentam os encargos financeiros, com impacto direto na eficiência do sistema de saúde. 

Para a BD – Becton Dickinson, estes dados “sublinham a necessidade de equipamentos de infusão e de acesso vascular de qualidade e de profissionais de saúde com formação, uma vez que existe uma multiplicidade de equipamentos inovadores que garantem cuidados de saúde ótimos, com impacto no bem-estar e no conforto dos doentes, na qualidade da prática clínica dos profissionais de saúde e na eficiência da gestão hospitalar”.

INFEÇÕES HOSPITALARES

Segundo o Relatório Nacional de Prevalência de Infeções Hospitalares de 2020, a taxa de infeções associadas a cateteres venosos foi de aproximadamente 1,2 infeções por mil dias de utilização de cateteres venosos centrais. Se por um lado, é importante que exista equipamento especializado disponível e de elevada qualidade nos hospitais, por outro, é necessário garantir que os profissionais de saúde recebem formação, a fim de assegurar a qualidade das intervenções e tornar o seu trabalho clínico o mais prático possível. 

Neste encontro, Paulo Figueiredo, do Serviço de Doenças Infeciosas do CHU São João do Porto, defendeu a importância de investir na formação e na criação de equipas especializadas em infusão e acesso vascular: “Os dados do ECDC e a experiência de outros países europeus demonstram claramente os seus benefícios”. Nas palavras do médico, “não se trata apenas de ter a tecnologia mais recente, mas de a integrar num sistema de trabalho que privilegie a segurança do doente, a eficiência na gestão de recursos e a excelência clínica através da colaboração entre profissionais médicos e de enfermagem”. 

Outro dos pontos em discussão na conferência foi o papel dos especialistas na gestão desta prática clínica, na qual as sinergias entre profissionais médicos e de enfermagem são cada vez mais comuns, sendo que o próprio SNS já promove cursos de especialização em práticas de inserção e manutenção de cateteres venosos, de forma a melhorar a técnica e reduzir o risco de complicações para os profissionais de enfermagem. 

Neste sentido, Mónica Rebelo, enfermeira gestora no Hospital da Senhora da Oliveira (Guimarães), salientou que a disponibilização de equipamentos especializados de infusão e acesso vascular transformou a prática diária  e acrescentou: “A normalização dos procedimentos e a abordagem multidisciplinar permitem melhorar o conforto e o bem-estar dos doentes”. 

“Na BD – Becton Dickinson”, sublinha o administrador Bruno Taveira, “consideramos fundamental sensibilizar para a necessidade de aproximar o trabalho de médicos e enfermeiros na prática das terapias de acesso vascular e infusão, de forma a conseguir uma maior especialização dos profissionais nesta técnica, o que resulta num maior e melhor impacto nos doentes”. 

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