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Documentário sobre Francisco Martins Rodrigues na RTP/Play

Documentário do jornalista Luís Godinho, na RTP, recorda o ideólogo da extrema-esquerda portuguesa. Militante do PCP, fugiu com Álvaro Cunhal de Peniche em 1960, fundou a Frente de Ação Popular, o Comité Marxista-Leninista Português e, mais tarde, deu origem ao Bloco de Esquerda. Francisco Alvarenga (Texto)

O documentário “Francisco Martins Rodrigues: Revolução ou Morte”, realizado pelo jornalista Luís Godinho, reconstitui o percurso pessoal e político daquele que, por muitos, é considerado o mais importante ideólogo da extrema-esquerda portuguesa nas décadas de 60 e 70 do século passado. O (precioso) documento está disponível na RTP Play.

Com argumento baseado em “Histórias de uma vida”, autobiografia póstuma construída com textos fragmentários previamente publicados ou ainda inéditos do próprio Francisco Martins Rodrigues, o filme inclui o testemunho de historiadores como Miguel Cardina, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, ou João Madeira, investigador do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa, além de Fernando Cardoso, ex-presidente da Associação de Exilados Políticos Portugueses.

Nascido em Moura, Alentejo, filho de um oficial do Exército, Francisco Martins Rodrigues torna-se militante e dirigente comunista, tendo integrado o grupo de 10 militantes do PCP, entre os quais Álvaro Cunhal, que, a 3 de janeiro de 1960, consegue fugir da cadeia de Peniche. 

Enquanto Cunhal parte para o exílio em Moscovo, a direção do partido fica entregue a um grupo de três dirigentes – e um deles é Martins Rodrigues que, apoiante da insurreição popular armada, acabará por romper com o PCP, fundando em Paris a Frente de Ação Popular (FAP) e o Comité Marxista-Leninista Português, com João Pulido Valente e Rui D’Espiney, primeiras organizações maoistas em Portugal.

Regressando com o objetivo de combater o regime de Salazar pela luta armada, acaba detido e torturado pela PIDE, que conseguira infiltrar um agente na FAP. Acaba condenado a uma pena de prisão, por crime de sangue, sendo dos últimos presos políticos a sair do cárcere após o 25 de Abril. 

Francisco Martins Rodrigues irá, depois, ligar-se ao Partido Comunista Português Reconstruído (PCPR), que também abandonará, tendo ainda estado ligado a movimentos de extrema-esquerda e à fundação do Bloco de Esquerda.

Ver o documentário:

https://www.rtp.pt/play/p12679/e738661/francisco-martins-rodrigues-revolucao-ou-morte

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