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Terras sem Sombra. Da essência do mundo às talhas do Mestre

Francisco Alvarenga, texto

O Festival Terras Sem sombra está de chegada a Beja. Nos próximos dias 9 e 10 de setembro, como é hábito, haverá música clássica e uma programação à descoberta do património cultural e da biodiversidade do território.

Comecemos pela música. A proposta é “Sentir a Essência do Mundo: Beethoven, Martinů, Fuchs e Strauss” num concerto agendado para o próximo sábado, dia 9, às 21h30, no Teatro Municipal Pax Julia. Jörg Ulrich Krah (violoncelo) e Bernhard Parz (piano) apresentam-se em palco para um concerto com um programa musical de excelência que visita obras de alguns dos mais destacados compositores mundiais.

Aplaudidos pelo público e pela crítica especializada, os dois intérpretes já tocaram em grandes palcos internacionais e granjearam as mais diversas distinções. Bernhard Parz é natural de Viena, formou-se com distinção na Academia de Música desta capital. Internacionalmente requisitado enquanto docente e intérprete, é considerado um “mestre da sonoridade vienense” e actua como solista e músico de câmara em várias partes do mundo.

Já Jörg Ulrich Krah (violoncelo), formado em Munique, Viena e Graz, é um artista conhecido por uma impressionante versatilidade, pois o seu repertório violoncelístico vai da música antiga, em instrumentos históricos, e das grandes obras dos períodos clássico e romântico até à música contemporânea e a projetos interdisciplinares. 

O concerto tem o apoio da autarquia local e da Embaixada da Áustria em Lisboa.
Mas a programação do Terras Sem Sombra começa muito antes, pelas 15h00, ao encontro da história, arte e tradições desta vila. O percurso será orientado pelo arqueólogo André Tomé e pelo historiador José António Falcão, que propõem uma visita guiada “a este território com grandes pergaminhos” e cuja fundação antecede a nacionalidade. Naturalmente, a tradição ligada ao barro, que aqui tem raízes profundas, vai estar em destaque.

Conhecida como terra de oleiros, Beringel mantém a olaria como marca identitária, embora sejam já poucos os que continuam a dedicar-se às artes do barro. António Mestre é um desses oleiros que insiste em manter vivas técnicas ancestrais, nomeadamente, na produção de talhas de grandes dimensões para o vinho.

As talhas do Mestre continuam a ser feitas como no tempo dos romanos, por inteiro e de uma só vez, e com um acabamento de pez e cera ou tinta.

Já no domingo, dia 10, a partir das 9h30, a proposta intitula-se “Fluir entre o Montado: A Biodiversidade da Ribeira de Terges e Cobres”, e o passeio será conduzido por Dinis Cortes, fotógrafo da natureza. O ponto de encontro será junto ao parque da piscina coberta.

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