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Costa garante terminal de mercadorias no Alandroal

Ana Luísa Delgado texto | Gonçalo Figueiredo fotografia

Numa visita às obras da futura linha ferroviária Sines/Caia, o primeiro-ministro comprometeu-se com a construção de um terminal de mercadorias em Alandroal e desafiou os autarcas a “atraírem empresas” para a região.

Segundo António Costa o mais difícil está feito e a conclusão é clara: “Temos que ter o terminal [de mercadorias]”. O primeiro-ministro lembrou que os municípios, em conjunto com a Infraestruturas de Portugal, encomendaram um estudo para identificar a viabilidade técnica e económica de um terminal ferroviário de mercadorias entre Alandroal e Vila Viçosa, considerando existirem “todas as condições” para o concretizar.

“No ponto em que estamos, em que a viabilidade técnica está demonstrada, em que a viabilidade económica está demonstrada, em que há uma base económica que assegura a viabilidade deste terminal, temos que dar o passo seguinte que é avançar”, disse António Costa, acrescentando que é agora “preciso fazer o resto do trabalho”. Ou seja, “vamos ter este terminal e temos oportunidades de localização de atividades que o aproveitem. Agora é meterem-se à estrada para atrair as empresas que possam aproveitar plenamente a existência deste terminal”.

Conforme noticiado pela SW Portugal, as contas estão feitas: trata-se de um investimento que ronda os 11 milhões de euros para a construção do terminal, que depois deverá ser concessionado a um ou mais operadores privados para explorarem a parte logística e viabilizarem o investimento público. 

Segundo o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo, o estudo encomendado pela IP e pelos municípios de Alandroal, Borba, Estremoz, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Sousel e Vila Viçosa comprova a existência de “viabilidade técnica e económica” para a instalação de um terminal ferroviário de carga na região, “com todas as vantagens que daí advêm” para o setor dos mármores, mas também para a dinamização de Alqueva e a captação de novas oportunidades de negócio. “Esta localização permite que toda a zona dos mármores encaminhe as mercadorias para aqui”, assegurou o autarca.

Lembrando que o Alentejo “é uma região fortíssima na extração de pedra ornamental” e que “se desenvolve fortemente graças ao investimento no Alqueva”, o primeiro-ministro garantiu que “só a ideia de que é possível virmos a ter um terminal [de mercadorias] já desencadeou a manifestação de interesses para a instalação de novas oportunidades”. 

Na sua intervenção, António Costa considerou ainda que os investimentos em curso irão “dotar o país, os decisores económicos, os construtores, de um horizonte de previsibilidade na execução da ferrovia”, acrescentando que “podemos ter agora na ferrovia o paralelo do que, nos anos 80, tivemos na rodovia e que foi essencial para a edificação de uma indústria de construção que, após a crise de 2008, sofreu as vicissitudes que sofreu, mas da qual dependemos muito”.

Também como noticiado pela SW Portugal, o Ministério das Infraestruturas reconhece que este terminal “apresenta viabilidade económica”, sendo, de resto, a única localização em que isso sucede (as outras duas estudadas foram Vendas Novas e Évora). ““A viabilidade da operação de um terminal ferroviário de mercadorias tem subjacente a existência de escala, frequência e regularidade. É fundamental garantir a existência de um cliente âncora e/ou agregador logístico que assegure [essas] condições”, referiu, em setembro, fonte do Ministério, revelando que a IP “está a desenvolver contactos” com autarquias e potenciais clientes “no sentido de robustecer a viabilidade económico-financeiras” do terminal de Alandroal e, eventualmente, do de Évora.

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