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Como o Transforma está a promover uma cultura de inclusão

Francisco Alvarenga texto | Gonçalo Figueiredo fotografia e vídeo

Chama-se Transforma. É uma iniciativa da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC). E está a promover a inclusão social junto de populações excluídas ou isoladas, “através de uma abordagem integrada entre cultura e inclusão social num contexto predominantemente rural e     de baixa densidade” populacional.

No início do próximo ano, revela Ana Isa Coelho, da CIMAC, inicia-se no âmbito do Transforma um “projeto inovador” denominado “Prescrição Cultural”, que será desenvolvido em articulação com os cuidados de saúde primários. A ideia, refere, é “experimentar processos de prescrição cultural, complementares à prescrição médica convencional e ao apoio social” com o objetivo de “contribuir para a saúde e bem-estar através de atividades com base nos recursos disponíveis na comunidade, que podem apoiar o processo de recuperação e integração das populações”.

A decorrer até março de 2023, e cofinanciado pelo Fundo Social Europeu, o Transforma – Programa para uma Cultura Inclusiva do Alentejo Central é composto por dois subprogramas assenta em “duas lógicas de intervenção com vista à dinamização de estratégias de inclusão social”. Por um lado “pretende atuar nas condições e no contexto das estruturas e organizações que atuam ou podem vir a atuar na promoção da inclusão social por via da cultura”.

É aqui que se enquadra, por exemplo, a identificação de espaços com potencial de acolhimento de programação cultural de pequena escala, promovendo o acesso generalizado à cultura com especial enfoque nos grupos-alvo do programa, ou o desenvolvimento de iniciativas de apoio aos agentes culturais, artistas e organizações do Alentejo Central à criação de projetos.

Neste âmbito foi criada uma plataforma online denominada Transforma-te, que consiste num centro de informação e documentação onde os agentes culturais, artistas e outros trabalhadores da cultura “podem encontrar informação relevante para o desenvolvimento das suas atividades profissionais, nos vários moldes em que estas se podem desenvolver”.

O segundo subprograma, “mais operativo”, tem como finalidade “implementar experiências sociais de inclusão pela cultura, direcionadas para os grupos-alvo em causa”.

Uma das apostas tem sido a “Educação para a Cultura”, com o desenvolvimento de iniciativas alinhadas com a estratégia definida no Plano Nacional das Artes, articulando instituições e comunidades, com vista à promoção da literacia, da interculturalidade e intergeracionalidade. Em curso está o desenvolvimento de um programa de mediadores culturais, “capacitando jovens para desenvolverem junto da comunidade um exercício de interpretação cultural, tornando o património e a cultura mais acessíveis ao público em geral”.

Com Évora na “corrida” a Capital Europeia da Cultura, a CIMAC refere que este projeto constitui “uma oportunidade única para promover um acesso generalizado à cultura, capacitando agentes e organizações locais para que também acompanhem uma crescente integração de novos públicos nas respetivas programações assim como para promover a experimentação e a inovação, gerar conhecimento e modelos demonstrativos, replicáveis em contextos semelhantes”.

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