A candidatura conjunta dos municípios de Estremoz, Borba, Redondo, Alandroal e Vila Viçosa ganhou. No próximo ano, a Cidade do Vinho será no Alentejo.

A decisão da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) foi agora conhecida: a candidatura que envolve os cinco municípios da área de Serra d’Ossa foi a vencedora. Em 2025, a Cidade do Vinho será no Alentejo.

“Todos estes municípios têm um setor vinícola bastante desenvolvido, temos dos melhores vinhos do Alentejo, acreditamos no potencial do setor vinícola, também a nível cultural e histórico, e este é um projeto muito importante para a promoção turística e económica da região”, disse o presidente da Câmara de Estremoz, José Daniel Sádio.

“Esta é uma região que transpira vinho e que tem enraizada toda uma cultura muito ligada ao setor”, acrescenta o presidente do Turismo do Alentejo, José Santos, segundo o qual trata-se de uma “oportunidade” para a região “criar mais argumentos e mais conteúdos” para atrair turistas, em particular durante o período de menor afluência.

A programação, que será tornada pública nos próximos dias, inclui as iniciativas regulares realizadas pelos municípios, mas também “eventos mais atrativos”, naquela que José Santos define como uma “oportunidade de criarmos mais argumentos e mais conteúdos para trazer as pessoas ao território”. De acordo com o presidente do Turismo do Alentejo, a iniciativa “terá uma dimensão económica e cultural muito relevante”, permitindo aos cinco municípios “valorizarem a dimensão económica e social da produção vitivinícola e da cultura da vinha”. 

O objetivo, acrescenta, está traçado: “Potenciarmos a programação principalmente para os meses onde a procura é, à partida, mais baixa, no sentido de criar argumentos de venda e de atração de pessoas ao território, reduzindo a sazonalidade turística nestes cinco concelhos”.

Já a vereadora da Câmara de Borba, Sónia Dias, garante que o (expectável) maior afluxo de turistas “irá ajudar muito a economia, a cultura e o turismo” destes cinco municípios.

Sónia Dias lembra que o Município de Borba já se havia candidato, sem sucesso. “Percebemos que um dos fatores mais importantes tem a ver com as parcerias e com a concertação em termos territoriais, e foi essa a aposta deste ano”, acrescenta a autarca, considerando que a distinção deste conjunto de municípios como Cidade do Vinho “é extremamente importante”, no que ao turismo e à economia diz respeito.

“Temos esta tradição do vinho muito vincada, e esta é uma oportunidade única para valorizar o vinho, o nosso património histórico e cultural… é uma iniciativa que virá dinamizar a economia local e regional e levar os nossos vinhos e o nosso território além fronteiras”, acrescenta.