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Centro promove arte contemporânea em Beja

Primeiro foi uma exposição com trabalhos da coleção da Caixa Geral de Depósitos. Seguiu-se uma exposição com mais de 70 peças do artista plástico Pedro Portugal. No próximo dia 15 de outubro é inaugurada uma mostra comemorativa do centenário do escultor Jorge Vieira. Inaugurado em 2019, o Centro de Arqueologia e Artes de Beja é uma sala aberta à arte contemporânea.

Situado junto ao antigo fórum romano de Beja, o Centro é composto por um edifício com rés-do-chão, primeiro e segundo andares, totalmente recuperado e adaptado para a realização de exposições de arte contemporânea, num investimento de quase três milhões de euros, financiado através do Fundo JESSICA Portugal. 

De um lado, a Praça da República. Do outro, o antigo fórum romano, recentemente descoberto. O centro ocupa agora o local de um edifício onde funcionou o departamento técnico da Câmara de Beja e que foi demolido após um incêndio, em 2008.

À mostra inaugural, “Cangiante – a partir da Coleção da Caixa Geral de Depósitos”, promovida pela Culturgest e pela Câmara de Beja, com curadoria de Antónia Gaeta e com trabalhos de mais de 30 artistas contemporâneos, seguiu-se “A Arte Que É – III”, na qual Pedro Portugal “assume um olhar desassombrado” sobre “a essência da própria arte e da sua função social”.

No próximo dia 15 de outubro inaugura uma exposição comemorativa do centenário do escultor Jorge Vieira, “Memória e mitos – O touro na obra de Jorge Vieira”, que ficará patente ao público até 23 de março do próximo ano. Segundo a autarquia, “esta exposição celebra Jorge Vieira, por ocasião do seu centenário, proporcionando o contacto com uma das obras maiores da arte portuguesa do século XX. Através dela, é possível compreender valores da arte moderna, nomeadamente os confrontos entre a figuração e a abstração”.

Por enquanto, “ainda não existe projeto de musealização” concluído para o novo Centro, mas o que o executivo pretende é que o segundo andar sirva, precisamente, para “acolher as mostras temporárias” e seja dedicado “à arte contemporânea”.

Quanto ao primeiro piso, a intenção passa por aí instalar “um museu da história da cidade de Beja, com uma exposição permanente”, na qual não vão estar representados “os períodos da Idade do Ferro e do Bronze”, cujos vestígios já podem ser apreciados num espaço próprio, o Núcleo Museológico da Rua do Sembrano.

“O rés-do-chão do centro fica reservado para a parte arqueológica”, com a exposição de “peças do espólio do depósito municipal”, a que se junta “o espaço em anexo das escavações”, acrescentou, frisando que a câmara pretende “dinamizar todo este equipamento multifuncional” através de “exposições temporárias e permanentes”.

A área foi alvo de escavações arqueológicas, tendo sido achados e postos a descoberto vestígios arqueológicos do antigo fórum romano de Beja – como um templo romano do século I d.C., que é “o maior” de Portugal e “um dos maiores” da península Ibérica – e da Casa da Moeda, do século XVI.

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