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Carnavais há muitos. Mas o de Estremoz é especial

Ana Luísa Delgado texto | Município de Estremoz fotografia

Primeiro foi o desfile das escolas, que levou centenas de pessoas às ruas de Estremoz. Nos próximos domingo e terça-feira será a vez de os adultos mostrarem o que valem, no regresso do Carnaval à cidade. Um Carnaval genuíno, feito por quem nele participa.

Depois de dois anos de paragem forçada devido à pandemia de covid-19, o Carnaval está de regresso a Estremoz. Primeiro foi o desfile das escolas. O tema foi “Carnaval com Arte” e pelo Rossio desfilaram, na passada quinta-feira, cerca de 800 alunos dos vários estabelecimentos de ensino, trajados a rigor. Amanhã e terça-feira será a vez de os adultos mostrarem o que valem. O corso inicia-se pelas 15h00 e a expectativa de quem o organiza não poderia estar mais elevada.

“Estamos sempre em alta… a malta junta-se quando é para trabalhar, para preparar o desfile, e quando é para conviver cá estamos todos, na mesma. É o espírito de entreajuda que ainda conseguimos manter”, desabafa Dina Matos, da Sociedade Filarmónica Luzitana, instituição que apesar de vetusta (foi criada no reinado de D. Maria II) mantém a irrequietude e integra a comissão organizadora do Carnaval de Estremoz, juntamente com o Orfeão Tomaz Alcaide e com a Sociedade Filarmónica Artística Estremocense, a União, que embora uns aninhos mais nova que a Luzitana, ainda assim, foi fundada no reinado de D. Luís, o único de seu nome

“Desde 2019 que não havia corso, pelo que a expectativa e a vontade de desfilar é grande”, acrescenta Dina Matos, antes de “dar nega” a desvendar qualquer pormenor, seja ele qual for, dos temas que serviram de inspiração para os carros alegóricos: “O segredo é a alma do negócio”. 

No corso de domingo de Carnaval e de terça-feira gorda haverá centenas de pessoas a desfilar e pelo menos outras tantas a assistir, num evento que, lembra, “mobiliza a economia e traz sempre muita gente à cidade”. Para o concretizar, a Câmara de Estremoz atribui à comissão organizadora um apoio de 15 mil euros, essencial no que toca a comprar materiais para os carros e os trajes da praxe, ainda para mais num ano “muito apertado de tempo” para preparar o desfile: só há cerca de um mês houve a garantia de que o Carnaval estava mesmo de regresso.

Mas se esse subsídio é essencial, Dina Matos lembra que é o empenho dos foliões que põe o Carnaval de pé, sendo essa uma característica que o distingue de muitos outros, com estrutura profissionalizada. “A malta vai-se governando com o que tem. Os custos totais, esses, é que nem conseguimos contabilizar… não vamos fazer conta às horas que gastamos, nem às que não dormimos, afinal é tudo por uma boa causa”, conclui.

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