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Capital Europeia da Cultura: As datas decisivas para Évora

Ana Luísa Delgado texto

São as semanas decisivas para a candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura 2027. A começar no dia 10 de outubro, com a visita a Évora da Comissão Parlamentar de Cultura. Depois, até dia 21, terá de ser entregue o segundo dossiê de candidatura (denominado bid book), que sintetiza “contributos de muitas pessoas e instituições do Alentejo, que se juntaram a um amplo processo participativo feito de múltiplas vozes, sensibilidades e olhares”. 

Este segundo dossiê, cuja primeira versão foi entregue a 23 de novembro, ainda não está fechado. E constitui o elemento central da candidatura. O dia 28 de novembro será “crucial” para as aspirações de Évora, na medida em que será nessa data que o júri da Capital Europeia da Cultura se deslocará à cidade, com um programa de visita ainda não definido. 

A visita será efetuada por dois a quatro membros de um painel de jurados internacional, composto por peritos nomeados pelas instituições comunitárias (Parlamento, Conselho, Comissão Europeia e Comité das Regiões), a que se juntam João Seixas e Suzana Faro, nomeados pelo Ministério da Cultura.

Entregue o dossiê e realizadas as visitas, para dia 6 de dezembro está marcada a audição onde os representantes de Évora irão defender a candidatura. O vencedor será anunciado no dia seguinte. A Capital Europeia da Cultura sairá de uma short list que, além de Évora, integra as cidades de Aveiro, Braga e Ponta Delgada.

Embora classificando o conceito da candidatura de Évora, o “vagar”, como sendo “forte e relevante”, tanto a nível local como europeu, o painel de especialistas recomendou a realização de “trabalho adicional para atingir os elevados padrões” de uma Capital Europeia da Cultura. É nisso que a equipa de missão, liderada por Paula Mota Garcia, tem vindo a trabalhar. 

O júri espera que, nesta “rodada final”, a candidatura “diversifique o leque de parceiros” a nível local e internacional, e “demonstre mais profundamente a dimensão europeia”, designadamente através do reforço de projetos que garantam a “apropriação local e regional, diversidade e inclusão” a nível da candidatura.

Na primeira versão do dossiê, a candidatura explica que “o vagar alentejano é a consciência plena de que nós, enquanto humanos, estamos sempre em relação com o universo – uma consciência que nos leva a questionar a nossa posição de dominância. O vagar alentejano implica coexistência, coevolução, contenção, criação e construção, lonjura (no tempo e no espaço), memória e coletivo, mas também resiliência e tensão”. 

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