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Câmara de Évora aprova aumento do preço da água

Francisco Alvarenga (texto)

A Câmara de Évora aprovou, por maioria, um aumento de 3,3% no preço da água. A decisão foi aprovada com os votos favoráveis da CDU e do Movimento Cuidar de Évora e com a abstenção dos vereadores do PS e do PSD.

De acordo com o presidente da Câmara de Évora, a “atualização” de 3,3% no preço de água acompanha “o valor previsto da inflação” para o próximo ano. Carlos Pinto de Sá lembrou que a autarquia, além de “subsidiar” os escalões mais baixos de água e saneamento, “onde se encontram os consumidores de menores recursos”, não procedeu a qualquer aumento de preço nos últimos três anos, primeiro devido à pandemia de covid-19, depois atendendo ao aumento da inflação.

“Além das atualizações ainda vêm mais taxas, num ano em que as pessoas vivem com mais dificuldades”, criticou a vereadora socialista Bárbara Tita, cuja bancada, tal como a do PSD, defendeu que a deliberação sobre o preço da água deveria decorrer em simultâneo com a aprovação do orçamento para o próximo ano

Segundo Carlos Pinto de Sá, a aprovação nesta altura decorre de uma obrigação “incompreensível” da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e de Resíduos (ERSAR) que determina a apresentação das novas tabelas até final de outubro. “Não há razão nenhuma para esta imposição”, sublinhou o autarca, acrescentando que a nova tarifa se destina a suportar os custos pela “violação” dos contadores da água,

“Temos assistido a um crescimento deste problema… cortamos a água, por não pagamento, mas alguém faz uma ligação direta e não tínhamos nada que penalizasse essas situações, além de abrirmos um processo de contraordenação”, explicou Carlos Pinto de Sá, segundo o qual a nova tarifa visa “desincentivar a violação dos contadores”.

Já a vereadora Florbela Fernandes, do Movimento Cuidar de Évora, justificou o sentido de voto pelo “desequilíbrio” que se mantém entre o que o Município paga à empresa Águas do Vale do Tejo, que detém a concessão do abastecimento em alta, e o que cobra aos munícipes. 

Segundo dados da ERSAR, esse desequilíbrio ronda os 76%, tendo a empresa anunciado que iria aumentar o preço cobrado. “O ano passado aumentaram 1,6% e o Município não aumentou o preço da água. Tivemos um agravamento do défice. Estamos agora a propor um valor que equilibra o que nos é aumentado”, concluiu o presidente da Câmara.

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