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Cá vamos andando, com vagar e devagarinho

Luís Godinho (texto) e Cabrita Nascimento (fotografia) | Opinião

O conselho de administração da Empresa de Desenvolvimento do Alqueva, como explicámos, terminou o seu mandato em dezembro de 2020 e está a funcionar como se nada fosse.

Em três anos, a ministra da Agricultura ainda não arranjou tempo, ou não teve paciência, para nomear um novo conselho de administração. Um novo, pois não poderá reconduzir integralmente os atuais administradores uma vez que um dos vogais já está no cargo há mais de 12 anos, o prazo-limite fixado pelo estatuto do gestor público.

Mas o aeroporto de Beja, está há bastante mais tempo a funcionar com acessibilidades miseráveis, sem ligação à autoestrada (nem esperança de vir a ter) e a 10 quilómetros da estação de comboio mais próxima. Sem acessibilidades é difícil fixar investimento. Enfim, a Infraestruturas de Portugal lá anda entretida com um estudo de avaliação da variante à Linha do Alentejo, obra que, por sinal, não tem financiamento no âmbito do Plano Ferroviário Nacional.

Como nem tudo é mau, a ligação por autoestrada de Sines a Grândola, na melhor das hipóteses, estará a funcionar lá para 2026, isto se não houver surpresas com a avaliação de impacto ambiental ou com o concurso público para a obra.

Por essa altura, 2026, presume-se que o novo Hospital Central do Alentejo já possa ser uma realidade. Ainda que a anterior ministra da Saúde, Marta Temido, tenha faltado à verdade quando em resposta a um conjunto de perguntas que lhe dirigimos, em agosto de 2022, assegurou que a inauguração seria para agora. Bom, agora não será. E aposto que também não será em 2024, pelo menos a funcionar em pleno. Em primeiro lugar porque o terreno onde serão construídos os acessos e as infraestruturas ainda nem sequer foi expropriado. Depois, porque a capacidade de execução da Câmara de Évora é o que aparenta. Finalmente, porque não se muda um hospital de um dia para o outro.

E, a propósito de Évora, passou quase um ano sem que a tal associação pública que irá gerir a Capital Europeia da Cultura tenha sido constituída. Já na primeira edição da revista Alentejo Ilustrado, distribuída na manhã de 28 de setembro, anotámos a “demora” do processo. Parece que será desta, embora só a funcionar lá para março do próximo ano.

Valha-nos a Barragem do Pisão, um dos mais significativos investimentos feitos no Alto Alentejo e que, por causa do PRR, terá mesmo de estar concluída em julho de 2026. Ainda não se sabe as condições em que serão transferidos os 70 moradores da atual aldeia (que ficará submersa), mas já se pode afirmar que os problemas de abastecimento público de água ficarão resolvidos.

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