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Brincas de Évora retomam tradição. Conheça o roteiro

Três grupos de Brincas Carnavalescas voltam a trazer alegria ao concelho de Évora durante os quatros dias de festejos de Carnaval (18 a 21 de fevereiro). São dois grupos de adultos (Canaviais e rancho Flôr do Alto Alentejo) e a escolinha de Brincas da Casa do Povo de Canaviais.

O Grupo do Rancho Folclórico Flôr do Alto Alentejo passa na tarde de sábado pelo Bacelo e pelos Canaviais, no domingo pela Malagueira, Bairro do Frei Aleixo e Louredo. Na segunda estará frente à Câmara de Évora (9h00), seguindo depois para o Bairro Senhora do Carmo, Horta das Figueiras e Bairro de Almeirim. Na terça-feira gorda começará a jornada pelo Bairro das Espadas (9h30), seguindo para a Igrejinha (14h00) e Valverde (16h00).

Quando ao Grupo de Brincas dos Canaviais, este sábado à tarde andará pelos Bairros do Moinho e do Frei Aleixo. O percurso no domingo de Carnaval iniciar-se-á em Nossa Senhora de Machede (9h30), seguindo depois para a Horta das Figueiras, Igrejinha e Canaviais. Na segunda-feira estarão na Praça do Sertório, frente à Câmara Municipal, pelas 9h00, havendo ainda atuações no Bairro de Almeirim, em São Miguel de Machede (15h00) e no Dgebe, junto ao restaurante “O Machado”. Na terça-feira, o grupo andará por Valverde (9h30), Bairro das Espadas, Louredo e Canaviais (17h30), para o encerramento dos desfiles. 

Finalmente, a Escolinha de Brincas da Casa do Povo dos Canaviais estará por este bairro no domingo (15h00), na segunda-feira passará pela Câmara e pela Santa Casa da Misericórdia de Évora e, na terça, por Vale do Pereiro e Canaviais.

As Brincas de Évora são uma antiga tradição performativa e constituem-se como uma forma de teatro comunitário que acontece durante o Carnaval, criadas ou recriadas por grupos informais que se organizam, anualmente, para a construção e execução de uma dramatização popular (o fundamento), durante a época carnavalesca. Os grupos escolhem e ensaiam textos escritos em décimas, misturam tragédias e dramas e constituem uma manifestação rica e complexa da Cultura Popular. 

Historicamente, alguns autores apontam o século XVIII como origem desta manifestação cultural tradicional. Outros fazem remontar a sua origem à época e aos autos de Gil Vicente, no século XVI, e, outros ainda, não arriscam qualquer data para a sua origem, devido ao simbolismo subjacente na sua coreografia e à sua estruturação espacial, fazendo-as remontar a tradições mítico-religiosas ancestrais, nomeadamente inseridas em contextos de culturas e vivências de forte conotação agrária. 

As Brincas provêm, ainda hoje, dos bairros periféricos e das freguesias rurais de Évora, sendo caracterizadas por uma marcada ruralidade original. 

A denominação de Brinca atribui-se ao grupo de homens ou rapazes que se organizam para a construção e execução de uma dramatização popular durante a época festiva do Carnaval. No entanto, poderá igualmente entender-se por Brinca toda a ação dramatizada (o fundamento), musicada (a contradança, a valsa, a canção, etc.) e coreografada (as diferentes formações que têm lugar ao longo de toda a ação: as rodas, etc.) que esse grupo assume nas várias representações que realiza. 

No que diz respeito ao fundamento, em termos formais, é constituído por décimas de versos rimados. É a alma da Brinca. De facto, trata-se de uma forma muito rica e complexa de cultura popular, com as manifestações artísticas dos seus componentes: poetas, músicos, encenadores, coreógrafos, artistas plásticos de cariz popular, criando, ou recriando, eles próprios, os versos do fundamento e as músicas executadas.

Atualmente, permanecem em atividade dois grupos de brincas de adultos: as Brincas de Carnaval dos Canaviais e as Brincas de Carnaval do Rancho Folclórico Flor do Alto Alentejo, e um grupo de brincas infantil: a Escolinha de Brincas da Casa do Povo dos Canaviais.

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